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Relembre as matérias da série especial Maio Amarelo

Maio foi o mês escolhido pela Organização das Nações Unidos (ONU) para alertar para o alto número de mortes no trânsito. Com base no projeto da ONU Vida no Trânsito, a Gazeta do Povo preparou uma série de reportagens sobre o tema.

- Onde e quando os acidentes ocorrem

- Regras para não morrer no trânsito

- Perigo concentrado em duas rodas

- Idosos são as principais vítimas dos acidentes de trânsito em Curitiba

- Curitiba tem duas centenas de mortes evitáveis no trânsito por ano

- Confira a série completa.

Um levantamento do De­tran-PR a partir de dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) mostra uma queda de 14% no número de homicídios culposos (sem intenção de matar) no trânsito do Paraná no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2013. Os casos caíram de 988 para 845.

INFOGRÁFICO: Confira quantos casos de homicídios culposos ocorreram nos primeiros semestres de 2010 a 2014

Para o presidente da Comissão de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR), Marcelo Araújo, a queda pode ser resultado de estratégias adotadas por órgãos de todas as esferas governamentais. "A divulgação, as campanhas, a fiscalização e a questão da lei seca, que tem recebido uma atenção especial, colaboram com a queda", exemplifica.

Entre os primeiros seis meses de 2012 e o mesmo período de 2013 também houve uma diminuição no número de homicídios culposos no trânsito: de 1.220 casos para 990. Para o advogado especialista em trânsito Reginaldo Koga, essa queda também pode estar relacionada à alta na frota. "Com a quantidade de carros aumentando, o trânsito fica muito mais congestionado e, consequentemente, mais lento, o que faz com que os motoristas diminuam a velocidade", comenta o advogado. Em 2013, o Paraná tinha 6,16 milhões de veículos. Segundo o Detran-PR, a frota do estado tem crescimento médio de 7% ao ano.

A queda nos casos, no entanto, não pode ser vista como uma tendência, já que os dados da Sesp só levam em consideração as vítimas que morreram na hora. "Quando a pessoa entra em óbito no hospital, ela não entra na estatística", diz Koga.

O especialista também aponta a Copa do Mundo como motivo para o declínio no número de homicídios no trânsito. "Em 2014 tivemos um ano atípico porque ocorreram vários dias de recesso por causa do Mundial", conta. Além do evento, em junho Curitiba também foi palco da greve de ônibus, o que colocou mais veículos na rua.

Os homens, segundo o levantamento, são as principais vítimas desse tipo de crime. Das 845 mortes registradas no primeiro semestre deste ano, 54% são do sexo masculino e 13% são de mulheres. Em 33% dos casos, o sexo das vítimas não foi identificado nos registros.

Comportamento

O delegado da Delegacia de Delitos de Trânsito, Vinicius Augustus de Carvalho, aponta três posturas que mais geram mortes no trânsito. "O excesso de velocidade, a embriaguez e a falta de atenção são os fatores mais comuns", diz.

Pedestres e celulares

A Secretaria de Segurança Pública não tem dados sobre quantos dos casos classificados como homicídios culposos no estado envolveram pedestres – a principal figura da Semana Nacional de Trânsito, que começou no dia 18 e termina hoje, Dia Nacional do Trânsito.

Segundo pesquisa do Seguro Dpvat, 43 pedestres morrem em acidentes todos os dias no país. Para Reginaldo Koga, o número de casos é decorrente da falta de atenção. "Hoje, o fato de usarmos muitos smartphones nos distrai e acaba facilitando os acidentes", conta. Para alertar a população sobre o tema, o governo federal lançou, nesta semana, um vídeo que mostra, justamente, uma mulher sendo atropelada porque se distrai falando ao telefone.

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