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 | Dirceu Portugal / Gazeta do Povo
| Foto: Dirceu Portugal / Gazeta do Povo

Prejuízos

O pedreiro Emílio Ferreira dos Santos, que teve todo telhado de sua residência quebrado pelas pedras de granizo, não acreditava no que tinha acontecido. "Foram três minutos de pânico. Escondi os três filhos e o cachorro debaixo da mesa. As pedras eram enormes e poderiam machucá-los".

Após o temporal, o aposentado Antônio Bueno, de 56 anos, tentava encontrar parte da tela da antena parabólica, destruída pela chuva de granizo. "Graças a Deus as pedras de granizo não feriram ninguém", comentou.

A professora aposentada, Maria Rute dos Santos, de 59 anos, teve de limpar a casa e contabilizar os prejuízos. As pedras de granizo danificaram a máquina de lavar roupa e um balde. "Primeira vez na vida que vejo uma chuva de granizo tão forte", comentou.

  • Famílias tentam reparar as telhas danificadas.

Uma forte chuva de granizo na noite do último sábado (26), em Campo Mourão, na Região Centro-Oeste do estado, pelo menos 2,3 mil residências e causou vários prejuízos na cidade. Seis pessoas ficaram feridas ao cair de telhados de residências.

A chuva, que começou por volta das 21h30 e durou cerca de cinco minutos, quebrou centenas de telhados, derrubou árvores, outdoores, danificou diversos veículos estacionados em avenidas e ruas, quebrou vidros de várias lojas e deixou parte da cidade sem energia elétrica por várias horas. Um velório teve de ser transferido, depois que o granizo entupiu as calhas e o peso da água fez o teto do estabelecimento desabar. Ninguém ficou ferido.

No bairro Jardim Aeroporto, uma residência pegou fogo após a chuva de granizo. Os vizinhos contaram que enquanto o morador se deslocou até o centro da cidade para buscar lona no Corpo de Bombeiros, um curto circuito queimou toda a residência.

Ajuda

Segundo um levantamento da Defesa Civil, os estragos maiores aconteceram nos bairros afastados do centro da cidade, por conta das residências serem cobertas por finas telhas de fibrocimento. "Na medida em que aumenta a chuva, aumenta o número de pessoas em busca de lonas", comentou o bombeiro, Wilson Costa.

De ontem até o início da tarde deste domingo, cerca de 1,8 mil pessoas passaram pelo Corpo de Bombeiros em busca de lonas. "Após o granizo, os moradores se acomodaram, agora com essa chuva, eles estão procurando ajuda". Costa acredita que o número de pessoas atingidas deve aumentar. "A cada momento chegam mais pessoas em busca de lonas".

Por volta das 16h30 deste domingo, a Defesa Civil de Maringá entregou 40 bobinas de lona, com 50 metros cada uma, na guarnição de Campo Mourão. "Todo o material foi doado em menos de duas horas", disse Costa.

Perigo

Além de atender milhares de chamadas de moradores que tiveram as residências danificadas pela chuva de granizo, o Corpo de Bombeiros socorreu pelo menos seis pessoas que ficaram feridas ao tentar consertar a residência e cair do telhado. Um homem, de 48 anos, teve ferimentos nas duas pernas após a sua residência desabar. Durante o temporal, ele teria tentado escorar a casa com pedaços de madeira quando toda a estrutura caiu. O homem foi socorrido e encaminhado à Central Hospitalar de Campo Mourão.

Por conta da grande quantidade de casas atingidas, a Defesa Civil montou 15 equipes de voluntários para percorrer os bairros e fazer um levantamento dos estragos. "Estamos pedindo aos moradores para aguardar em suas casas, pois as equipes vão até os locais averiguar a situação das residências. Por causa da chuva, os moradores devem evitar consertar os telhados, o risco de queda é grande", disse um membro da Defesa Civil

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