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Saiba mais sobre a poluição causada por veículos |
Saiba mais sobre a poluição causada por veículos| Foto:

Brasil avança e se aproxima da Europa

Com os índices atuais, o Brasil se coloca como um dos países mais avançados no mundo quando o assunto é redução da emissão de poluentes. Esta é a opinião de Rudolf Noronha, gerente de Qualidade do Ar do Ministério do Meio Ambiente. Para ele, os indicadores são muito similares aos de países desenvolvidos, e em poucos anos o país estará no mesmo patamar.

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Inspeção veicular será votada em outubro

Uma medida em tese mais eficaz para cortar a emissão de poluentes no trânsito do que a nova fase do Programa de Con­trole da Poluição do Ar por Veí­culos Automotores (Proconve) será votada pelo Conama em outubro e alcançará até motocicletas. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) votará em sessão extraordinária resolução que fixa regras para a inspeção de veículos em todo o país. Hoje, apenas o estado do Rio de Janeiro e o município de São Paulo fazem esse controle.

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Decisão é boa para a saúde da população

A diminuição da emissão de poluentes é um fator primordial para a saúde humana. Dados do projeto Ciclovida, um programa de extensão conduzido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), mostram que uma pessoa que mora a 10 quilômetros do trabalho e usa o carro todos os dias para fazer o trajeto pode emitir por mês cerca de 96 quilos de poluentes.

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Uma resolução prevendo que carros de passeio saiam de fábrica poluindo 33% a menos a partir de 2014 foi aprovada na quarta-feira pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). A determinação começa a valer um ano antes para os veículos leves movidos a diesel. A medida deve contribuir para deixar o ar nas grandes cidades mais limpo. Serão reduzidas as emissões de monóxido de carbono e de óxido de nitrogênio. A ação faz parte do Programa de Controle da Po­­luição do Ar por Veículos Auto­motores (Proconve).

O Proconve foi criado há 23 anos com o objetivo de diminuir a emissão de poluentes no Brasil. De lá para cá, o Conama conseguiu reduzir em até 10 vezes a poluição gerada pelos automóveis. A redução se dará em duas frentes. Primeiro, os fabricantes de veículos terão de adaptar os motores para que poluam menos. A Agência Nacional do Petróleo também fará mudanças nos combustíveis. A assessoria de imprensa da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que cumprirá os prazos e que participa das discussões desde o início.

Gerente de Qualidade do Ar do Ministério do Meio Ambiente, Rudolf Noronha explica que todos os veículos que saem de fábrica têm de ser homologados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Na­­turais Renováveis (Ibama). Portanto, após 2014, nenhum carro novo deixará de seguir a determinação. "Quanto mais estipularmos padrões baixos, melhor para o planeta e para a sociedade." Já a fiscalização de veículos usados deve ser feita pelos estados (veja matéria nesta página).

Dificuldades

Professor do departamento de Engenharia Mecânica da Fun­dação Educacional Inaciana, Ricardo Bock acredita que as montadoras terão dificuldades para se adaptar aos novos padrões. "Alguns motores já operam no limite. É preciso haver uma melhora sensível na qualidade do combustível para auxiliar." Ele explica que a alternativa será encontrar mecanismos para melhorar a eficiência dos carros. "O catalisador não resolve todos os problemas. É preciso otimizar todo o processo de queima. Há um grande trabalho pela frente."

Renato Link, coordenador da Comissão de Estudos de Veículos da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), afirma que o Brasil teve avanços significativos na área. "Há veículos dos Estados Unidos que já não podem mais ser importados para o Brasil porque não atendem nossas requisições na área ambiental." Ainda é preciso ajustar algumas ações, como aumentar a fiscalização nos estados, mas ele argumenta que era muito mais fácil diminuir os índices quando eles estavam acima de 20 gramas. Hoje, uma redução de 33% em números que já estão em casas decimais é uma inovação (veja infográfico).

Apesar disso, Link argumenta que para uma diminuição real nos índices é preciso reduzir o número de veículos nas ruas. Para se ter uma ideia, somente em Curitiba há mais de 1 milhão de carros. "O que o Proconve pode fazer está sendo muito bem feito. Mas há toda uma discussão maior sobre a sustentabilidade das cidades. Para isso obviamente são necessárias ações como o incentivo ao transporte público."

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