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O antropólogo e poeta Antonio Risério, que foi alvo de cancelamento por um texto sobre racismo.
O antropólogo e poeta Antonio Risério, que foi alvo de cancelamento por um texto sobre racismo.| Foto: Reprodução/YouTube/SESC

Após o surgimento de diversas críticas à veiculação, no dia 15 de janeiro, de um artigo do antropólogo baiano Antonio Risério na Folha de S. Paulo, que cita que o identitarismo tem sido responsável por impulsionar práticas racistas de negros contra brancos, asiáticos e judeus, a doutora em filosofia Bruna Frascolla e o biólogo e mestre em biologia molecular Eli Vieira redigiram uma carta de apoio a Risério. A carta foi publicada nesta quarta-feira (19) e ficou aberta para receber assinaturas de apoiadores do seu conteúdo.

Ao ser encerrada a coleta de assinaturas, às 23h do mesmo dia, 782 pessoas haviam manifestado apoio ao autor, dentre intelectuais, artistas, jornalistas e professores universitários que não apoiam o identitarismo que se sobrepõe à liberdade de expressão.

“O mal-estar que Risério causa é absolutamente necessário para que os identitários, anti-universalistas, relativistas e revanchistas saibam que a oposição existe e não será dobrada, não importa quantas grandes empresas tenham ao seu lado em sua cruzada pela desigualdade moral”, diz trecho da carta. “Não se trata de colecionar casos em que negros foram senhores de escravos ou cometeram racismo contra pessoas não-negras: trata-se de reafirmar que ninguém é inerentemente bom ou mau por causa da cor, então ninguém tem carta branca para desumanizar ninguém”, prossegue.

O texto cita, ainda, que Risério é, no momento, “uma das vozes mais importantes do país, sobretudo por fazer oposição a uma ideologia intolerante e autoritária”.

Clique aqui para ler o conteúdo da carta aberta.

Abaixo-assinado contrário ao artigo de Risério

Após o encaminhamento de um abaixo-assinado de jornalistas da Folha questionando a publicação do artigo de Antonio Risério e denunciando colunistas que publicam textos críticos ao identitarismo dentro do movimento negro, a direção do jornal defendeu a pluralidade e a liberdade de expressão ampla e ressaltou que o artigo em questão não faz apologia ao racismo e que a carta enviada pelos jornalistas é parcial e faz acusações sem fundamento.

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