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Alguns médicos relatam bons resultados com o uso da hidroxicloroquina mais azitromicina para o tratamento de Covid-19.
Alguns médicos relatam bons resultados com o uso da hidroxicloroquina mais azitromicina para o tratamento de Covid-19.| Foto: Gerard Julien/AFP

Um grupo de 26 cientistas brasileiros – os mesmos que, dois dias atrás, publicaram uma carta aberta pedindo a liberação do uso da cloroquina no tratamento da Covid-19 mesmo para pacientes em estágios iniciais da doença – assinou nesta sexta-feira um novo manifesto, também redigido por Marcos Eberlin, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie. O texto ressalta novidades recentes a respeito do uso do medicamento pelo francês Didier Raoult; critica o fato de o reitor da Unicamp, onde leciona um dos signatários da carta, ter assinado nota contra a cloroquina dizendo falar em nome de todo o corpo docente; e rebate argumentos relativos aos possíveis efeitos colaterais do remédio. O texto é publicado com exclusividade pela Gazeta do Povo.

Efeitos colaterais: O “Saci-pererê” da cloroquina

Marcos Eberlin, Ph.D.

Um vírus extremamente “esperto” – e explosivo, que viraliza exponencialmente e que pode matar em 10 dias – acomete não só o Brasil, mas toda a humanidade. Todo mundo em pânico, uma “panderia” – pandemia recheada com histeria – mundial.

Tempo de guerra, não de paz!

Mas há esperança, e muita! Pois as boas notícias de drogas efetivas, e diversas, se acumulam; essas, sim, exponencialmente. A mais promissora é a (hidroxi)cloroquina.

Há evidências cabais favoráveis à (hidroxi)cloroquina contra a Covid-19, ou estudos multicêntricos, referendados pela Anvisa? Não, não há! Isso é fato. Entretanto, as evidências que já temos, aqui e agora, são robustíssimas! Muitos especialistas, médicos e pesquisadores pelo Brasil e pelo mundo, trazem a cada dia novos dados, por demais animadores. Hoje, 10 de abril, no Twitter, o dr. Didier Raoult, após tratar 1.601 pacientes, anuncia: “A combinação HCQ-AZ [hidroxicloroquina-azitromicina], quando iniciada imediatamente após o diagnóstico, é uma solução segura e eficiente tratamento para Covid-19, com taxa de mortalidade de 0,5%, em pacientes idosos. Evita a piora e limpa a persistência e contagiosidade do vírus na maioria dos casos”. A Prevent Senior e um dos mais renomados infectologistas do Brasil, o dr. Paolo Zanotto, juntos dão também exemplo para o mundo: salvaram, salvam e salvarão muitas vidas com a combinação HCQ+AZ. Médicos no Brasil e no mundo, como em Portugal, por exemplo, administram a droga em todos os casos, até para si mesmos!

Parece que, nessa multidão de conselhos, nossa primeira carta aberta a favor da (hidroxi)cloroquina está também contribuindo para decisões sábias. Na Amazônia, o seu Conselho de Medicina acaba de aprovar o uso geral da droga! Bravo, bravíssimo!

"Médicos no Brasil e no mundo, como em Portugal, por exemplo, administram a droga em todos os casos, até para si mesmos!"

Mas, mesmo diante dessa avalanche de evidências e de uma forte onda a favor da (hidroxi)cloroquina, provando a tese de que os cientistas divergem e que pedir consenso e dados exaustivos em hora de pandemia é pedir o impossível, alguns ainda surgem em rede nacional manifestando-se contra a cloroquina. Contra para os outros, imagino eu!

No embalo da “onda contra a cura”, o reitor da Unicamp – segundo ele, após consulta a especialistas internos e externos – lançou ontem, 9 de abril, uma nota “em nome de toda a sua universidade”, com seus quase 2 mil docentes, contrária ao uso da (hidroxi)cloroquina, alegando “evidências frágeis” e efeitos colaterais ainda “não bem estabelecidos”. Mas será que foram ouvidos todos os especialistas? Todos foram contrários? Qual foi o placar? Todos os docentes da Faculdade de Medicina e de Farmácia, em consenso, foram contra?  Houve discussão nas unidades e no Consu? Parece-me certo que não! Cientistas divergem, e é lógico que na Unicamp também há divergências. E há muitos docentes a favor de não usar a (hidroxi)cloroquina; outros, porém, estão a favor, eu entre eles. Mas é hora de agir, e agir a favor das evidências, a favor do sim!

Mas como bem julgar este embate? Eu creio que tenho a solução, é simples: Qualquer um que desejar se manifestar a favor ou contra o uso da droga, que faça uma declaração pública requerendo ou abrindo mão da administração da (hidroxi)cloroquina para si mesmo, se infectado for pelo vírus. Do contrário, que em silêncio fique! Assim, todos falariam com a devida AUTORIDADE, desejando para si o que desejam para o próximo!

Eu já declaro, aqui, que assino pelo SIM; e autorizo o uso da droga, já nos primeiros sintomas, se infectado for, e o mais rápido possível. E você?

E quanto aos temíveis efeitos colaterais? Existem de fato? Sim, estão nos livros, no papel. Mas e na prática?Aqui as notícias também são boas, ou melhor, excelentes! Cegueiras ou óbitos por arritmia induzida por (hidroxi)cloroquina são praticamente desconhecidos e, se conhecidos forem, são contados em poucas unidades. Milhares podem e devem ser salvos pela (hidroxi)cloroquina. A matemática da vida também favorece o SIM, em muito! O estudo anunciado hoje pelo dr. Raoult também reporta que, nos 1.601 pacientes, não foi constatada toxicidade cardíaca e a dose – metade da recomendada para lúpus – causou apenas eventual desconforto digestivo leve. Esses são os fatos, o resto é boato!

Parece que os “temíveis” efeitos colaterais são o “Saci-pererê” da (hidroxi)cloroquina: todo “especialista” sabe que existem, mas ninguém nunca viu!

Coassinam esta carta os seguintes cientistas: Marcelo Hermes Lima (Universidade de Brasília); Aguimon Alves da Costa (Universidade Cândido Mendes); Alexandre Barbosa Andrade (Universidade Federal de Ouro Preto); Amilcar Baiardi (Universidade Católica de Salvador); Bruno Lima Pessoa (Universidade Federal Fluminense); Carlos Adriano Ferraz (Universidade Federal de Pelotas); Carlos Prudêncio (Instituto Adolfo Lutz); Cláudio Antônio Sorodo Días (Universidade Federal da Grande Dourados); Elvis Böes (Instituto Federal de Brasília); José Carlos Campos Torres (Universidade Estadual de Campinas); Laércio Fidelis Dias (Universidade Estadual Paulista); Leonardo Vizeu Figueiredo (Escola da Advocacia-Geral da União); Milton Gustavo Vasconcelos Barbosa (Universidade Estadual do Piauí); Ney Rômulo de Oliveira Paula (Universidade Federal do Piauí); Pablo Christiano Barboza Lollo (Universidade Federal da Grande Dourados); Pedro Jorge Zany P. M. Caldeira (Universidade Federal do Triângulo Mineiro); Rodrigo Caiado de Lamare (PUC-RJ e University of York); Ronaldo Angelini (Universidade Federal do Rio Grande do Norte); Rosevaldo de Oliveira (Universidade Federal de Rondonópolis); Rui Seabra Ferreira Junior (Universidade Estadual Paulista); Luís Fabiano Farias Borges (Capes); Jane Adriana Ramos Ottoni de Castro (Universidade de Brasília); Martinho Dinoá Medeiros Júnior (Universidade Federal de Pernambuco); Marcos N. Eberlin (Universidade Presbiteriana Mackenzie); Marcus Vinicius Carvalho Guelpeli (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri); e José Roberto Gomes Rodrigues (Universidade do Estado da Bahia).

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