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O processo criminal do caso conhecido como Morro do Boi, que terminou na morte de Osires Dal Corso e deixou tetraplégica a namorada dele, Monik Pegorari de Lima, em 2009, foi considerado encerrado pelos familiares das vítimas e pelos advogados da acusação nesta quarta-feira (14). Segundo o advogado Elias Mattar Assad, o caso foi encerrado com a condenação a uma pena de 65 anos e 5 meses de Juarez Ferreira Pinto, que está preso. A defesa do acusado, no entanto, nega qualquer encerramento e diz que irá recorrer.

Na última segunda-feira (12), o despacho do desembargador Ivan Bortoleto, vice-presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, foi publicado com a negação aos recursos da defesa. Segundo Assad, ainda cabe à defesa um recurso de agravo para analisar a decisão do desembargador. "Mas não acredito na hipótese de qualquer reforma", diz o advogado.

Já o advogado Claudio Dalledone Junior, que defende o acusado, contesta a afirmação de Assad. "Ele está muito enganado e o desafio a debater comigo esse caso", diz.

Segundo Dalledone, não há nada de definitivo, a defesa irá recorrer e será manejada a revisão criminal. "O Juarez nunca subiu no Morro do Boi, nunca matou ninguém e eu vou provar", diz.

Coletiva

Já Monik, que está em tratamento em João Pessoa (PB) e participou por videoconferência da coletiva com jornalistas nesta quarta, disse que não teve dúvidas em nenhum momento sobre a autoria do crime. "Enquanto estavam tentando pôr outras pessoas, eu sabia que era o Juarez e que a verdade ia vir", disse. Ela se referia ao surgimento de um outro suspeito pelo crime durante as investigações policiais.

Para Maria Zélia Dal Corso, mãe de Osires, a sentença, recebida na véspera do aniversário do filho, trouxe um certo alívio à dor vivida. "Recebemos a notícia como um presente do aniversário dele que não pudemos comemorar", diz.

Recuperação

Monik faz tratamentos diários em João Pessoa para voltar a andar, com fisioterapias e exames. Ela está acompanhada da mãe e da irmã e diz que pretende voltar a Curitiba e terminar os cursos de Farmácia e Educação Física. "Tenho certeza que vou voltar a andar", afirma a jovem, confiante.

O pai dela, o advogado Lourival Pegorari da Silva, observa avanços no tratamento da filha, que adquiriu mais força no tronco e facilidade de locomoção de membros.

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