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A quantidade de ataques de abelhas contra pessoas aumentou 5,7% em 2011 na comparação com 2010. Foram 786 ocorrências contra 743. Além disso, seis pessoas morreram devido à ferroadas no ano passado, uma a mais que a média dos últimos anos. Por outro lado, o número de casos de ataques de cobras diminuiu 5,4% no mesmo período. Mas, em números absolutos, existem mais incidentes com cobras do que com abelhas. Em 2011, foram registrados 886 casos, contra 937 de 2010. Três pessoas foram mortas em decorrência do veneno dos répteis, o mesmo número de anos anteriores.

Os dados foram divulgados pela Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) nesta semana, cinco dias após o estado registrar o primeiro caso de morte por abelha em 2012. Na última quinta-feira (19), um homem de 73 anos morreu em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, após sofrer um ataque de abelhas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos outras dez pessoas ficaram feridas.

Nos últimos cinco anos (2007-2011), a Sesa registrou 3.180 ataques de abelhas e a maioria aconteceram na região metropolitana de Curitiba (965 casos). Na sequencia, a maior quantidade de acidentes aconteceu na região de Apucarana (523), seguida de Londrina (313). O menor número de incidentes ocorreu nos municípios próximos a Umuarama, com apenas 11 ataques desde 2007.

A chefe da Divisão de Zoonoses e Intoxicações da secretaria de Saúde, Gisélia Rubio, diz que há muitos casos que não são registrados, o que atrapalha o monitoramento. "Será que em 2010 e em 2007 teve uma só picada ao longo de todo o ano?", questiona. Apesar disso, ela diz que o registro melhorou nos últimos anos, após vários treinamentos. "É preciso notificação de todos os incidentes com animais peçonhentos. Isso é muito relevante."

Ela aconselha a evitar barulho próximo a colmeias e, em casos de picada, evitar passar a mão sobre a picada para não liberar mais veneno. "Nunca se deve matar a abelha no corpo porque ela libera o feromônio que dá sinal de alerta para o resto de colméia. É indicado cobrir a cabeça com uma blusa ou pano para evitar que elas entrem na boca, nariz ou ouvido." E, em seguida, procurar auxílio médico. "É importante porque só o profissional de saúde vai saber se ela está a caminho de uma reação alérgica".

Cobras

As três mortes por picada de cobra no Paraná aconteceram nas regiões de Tomazina, Arapongas e Guarapuava. Segundo o levantamento da secretaria, historicamente 75% das mordidas de cobras no Paraná acontecem com Jararacas, outros 9% com Cascavéis e 0,01% com a Coral Verdadeira. "Temos soro específico para as três espécies de cobra. O quadro clínico de cada uma delas é claro, não dá para confundir."

Para ela, as mortes ainda acontecem pela falta de procura do serviço médico. "Temos o Centro de Informações Toxicológicas que pode ajudar qualquer pessoa a esclarecer os incidentes e serve para auxiliar o profissional de saúde a identificar um caso de intoxicação. É 24 horas, todos os dias."

A chefe da Divisão de Zoonoses não aconselha que sejam feitos torniquetes nos locais da picada e diz que o indicado é retirar qualquer coisa que possa prender a circulação, como anéis, relógio ou até mesmo a calça, já que o sintoma mais comum é o inchaço. "Tem que aliviar o máximo possível. Não pode dar nenhum tipo de substância, não chupar, não amarar, não cortar".

Serviço

Centro de Informações Toxicológicas0800 41 0148

Site da secretaria com informações sobre animais peçonhentos e intoxicações

Locais de distribuição de soro antiofídico em todo o Paraná

Dados

Ataques de abelha

2011 786 2010 743 2009 8172008 7452007 789 Picadas de cobra 2011 8862010 9372009 1.0452008 1.0242007 1.086

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