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Por causa do trauma vivido com o seqüestro que durou mais de 100 horas, entre os dias 13 e 17 deste mês, a família da jovem Eloá Cristina Pimentel quer mudar de apartamento. Foi no imóvel 24 do bloco 24 de um conjunto habitacional na periferia de Santo André, no ABC, que Lindemberg Alves, de 22 anos, manteve a ex-namorada Eloá refém na própria casa dela. A Secretaria Estadual de Habitação de São Paulo afirmou que oferecerá um outro apartamento.

No local, no bairro Jardim Santo André, os imóveis são da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU). Assessor de diretoria da CDHU, Fernando Batistuzzo informou que o pedido partiu de Ana Cristina Pimentel, de 42 anos, mãe de Eloá, a adolescente de 15 anos morta com um tiro na cabeça ao fim do seqüestro.

Batistuzzo ressaltou que esse tipo de pedido não é "praxe", mas o órgão decidiu abrir uma exceção. A preferência de Ana Cristina é por continuar morando em Santo André. "Oferecemos três opções (no mesmo conjunto habitacional) e ela (Ana Cristina) ficou de dar a resposta. Já tem uma rede de suporte social ali, com amigos e a igreja perto", explicou.

A família de Eloá paga há 10 anos as prestações do apartamento 24. O financiamento neste tipo de programa vale por 25 anos. Se conseguir casa nova, Ana Cristina continuará pagando o restante das parcelas normalmente. No CDHU de Jardim Santo André, os imóveis têm dois quartos, sala, cozinha, um banheiro e área de serviço. Procurada, Ana Cristina não foi encontrada para comentar o caso.

Boa pagadora

Batistuzzo disse que Ana Cristina é "adimplente", o que significa que está com os pagamentos em dia. O valor das prestações varia de acordo com a renda do mutuário, que paga entre 15% e 25% de seu salário. Na CDHU de Jardim Santo André, moram cerca de duas mil famílias.

O assessor da companhia contou que o terreno era invadido e, depois de adquirido pelo governo paulista, no final da década de 1980, começaram as obras de urbanização e a construção dos blocos.

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