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Ao final da alfabetização, 57% das crianças matriculadas em escolas públicas do país têm baixo aprendizado em matemática.

Esse grupo é capaz, por exemplo, de ler horas e minutos em relógio digital, ou resolver problemas com números até 20, mas tem dificuldade em entender um relógio analógico ou solucionar questões com números superiores a 20.

O diagnóstico foi feito a partir da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), aplicada no ano passado para cerca de 2,3 milhões de alunos do 3º ano do fundamental, em 49 mil escolas públicas do país. Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Ministério da Educação.

O teste é uma das ações do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, lançado pela presidente Dilma Rousseff em 2012. O objetivo é garantir que, ao final dessa etapa escolar, todas as crianças brasileiras estejam plenamente alfabetizadas. Além de uma prova nacional, a iniciativa prevê a formação de alfabetizadores e distribuição de material didático para os docentes.

Em matemática, 22 Estados têm mais da meta de seus alunos em níveis inadequados de aprendizagem -os piores indicadores são de Amapá (82,86% dos alunos) e Pará (81,43%). As regiões Norte e Nordeste apresentam os piores resultados: 74,89% e 74,08%, respectivamente.

Realizada pela primeira vez em 2013, a aplicação da ANA foi suspensa neste ano, motivada pelo corte de R$ 10,2 bilhões no orçamento do MEC. A pasta afirma que o exame volta a ser aplicado em 2016.

Leitura e escrita

Em português, os resultados apontam que 22,21% dos alunos têm desempenho inadequado em leitura e 34,46% em escrita.

No primeiro caso, as crianças têm dificuldade em reconhecer a finalidade de um texto (se convite ou uma receita de bolo, por exemplo) ou localizar informação explícita em fragmento de uma lenda ou cantiga folclórica.

Em escrita, esses alunos podem apresentar desempenho com troca ou omissão de letras e produzem textos ilegíveis ou com grande quantidade de erros ortográficos.

Em ambas as áreas, as regiões Norte e Nordeste têm desempenho inferior à média nacional.

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