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Mais de 50 cabeças de gado morreram em uma única fazenda, em setembro, durante incêndios ambientais que atingiram a região | Ivan Amorim/Gazeta Maringá
Mais de 50 cabeças de gado morreram em uma única fazenda, em setembro, durante incêndios ambientais que atingiram a região| Foto: Ivan Amorim/Gazeta Maringá

As chuvas dos últimos dias e a elevação da umidade relativa do ar reduziram os focos de queimadas no Paraná. Segundo dados do Corpo de Bombeiros, os combates aos incêndios ambientais diminuíram na última semana. De domingo (19) até a sexta-feira, foram atendidas 330 ocorrências no estado, 441 a menos do que na semana anterior.

Segundo o chefe da seção operacional da Coordenadoria da Defesa Civil no Paraná, tenente Eduardo Pinheiro, a redução dos focos já havia sido detectada há mais tempo: foram 61 focos entre 11 e 17 de setembro contra 221 da primeira semana do mês, uma queda de quase 75%.

Até a sexta-feira (24), a Defesa Civil ainda não havia concluído a contagem de focos dos últimos sete dias, mas a tendência é de redução. "Com o período de chuvas e elevação da umidade do ar, os casos de incêndio ambiental devem cair mais", afirmou Pinheiro.

Apesar da redução de focos, o mês de setembro já tem a segunda maior quantidade de queimadas do ano, com 2,1 mil casos até a última sexta-feira, número inferior apenas a agosto (com 2,2 mil). A maior parte dos casos ocorreu na região Noroeste do estado, onde as queimadas mataram gado e destruíram lavouras.

Um dos casos ocorreu na região rural entre os municípios de Santa Izabel do Ivaí e Santa Mônica, onde cerca de 250 alqueires foram consumidos pelo fogo. Em uma fazenda, 52 cabeças de gado morreram em decorrência do incêndio.

A Região Noroeste responde por 36% dos incêndios ambientais ocorridos este ano no Paraná. Entre janeiro e setembro, o 5.º Grupamento de Bombeiros de Maringá combateu 3,2 mil dos 9,1 mil focos registrados em todo o estado.

Preocupação nas estradas

A estiagem e a baixa umidade do ar do início deste mês favoreceram a ocorrência de queimadas nas beiras de rodovias, ocasionando riscos de acidentes. De acordo com a concessionária Viapar – que administra quase 550 quilômetros de rodovias nas regiões Norte, Noroeste e Oeste do estado –, suas equipes combateram 61 focos na primeira quinzena de setembro, número 74% maior em relação ao mesmo período no ano passado.

Para o coordenador do Centro de Controle de Operações da Viapar, Gesivaldo Amâncio Primo, o número de ocorrências ao longo deste ano já é 20% maior que o total registrado no ano passado. Ele diz ainda que alguns focos são provocados por moradores, para limpeza de terreno. "Falta conscientização nas consequências desses atos."

A maior parte das queimadas ficou concentradada nas margens da BR-376, entre Maringá e Paranavaí.

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