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A sensação de calor vai diminuir, e bastante, nesta semana em todo o Paraná. Uma frente fria que já ocasiona chuva na região Oeste na manhã segunda-feira (25) traz instabilidade para todo o estado e será seguida de uma massa de ar frio com força suficiente para ocasionar geadas na parte Sul já a partir de quarta-feira (27).

Confira a previsão do tempo para todo o PR

O Instituto Tecnológico Simepar alerta para o risco de chuva forte nesta segunda. Por volta das 7h30, o órgão informava que já havia núcleos com chuvas e raios entre Cascavel e Foz do Iguaçu. Ventos e chuvas fortes, também acompanhadas de raios e, ocasionalmente, granizo, passam também pelo Sudoeste do estado. Até a noite, a situação deve chegar ao Leste paranaense.

Os ventos e a chuva que se alastram pelo Paraná se intensificam ainda mais ao encontrar as temperaturas elevadas que predominam em todas as regiões. "Há previsão de ventos fortes à tarde. Como as temperaturas estarão mais quentes, ao chegar essa frente fria a rajada de vento pode se espalhar pelo estado e chegar, inclusive, a Curitiba", explica o meteorologista Lizandro Jacóbsen.

Somente as regiões Norte e Noroeste do Paraná é que não devem enfrentar chuva nesta segunda. Nestes locais, as áreas de instabilidade chegam apenas nesta terça-feira (26), deixando o tempo parcialmente nublado, com precipitações intensas.

Com a mudança no tempo, as temperaturas caem. Em Maringá, onde a máxima nesta segunda-feira pode chegar aos 31°C, os termômetros chegam até os 17°C na terça – mesma que deve ser registrada em Curitiba. Na capital, a mínima pode ser de 5°C na quarta, mas não deve gear.

Geada

A presença de frio intenso vai provocar geadas no Sudoeste, Sul e também em parte dos Campos Gerais. Palmas pode chegar ao 0°C na quarta-feira e 2°C na quinta, quando a máxima pode ir aos 21°C.

Geada forte também deve atingir União da Vitória. Francisco Beltrão e Laranjeiras do Sul terão geadas moderadas. O fenômeno também será registrado, porém de maneira mais leve, em municípios próximos a Irati e Pitanga.

Umidade de deserto

A forte massa de ar seco que tomou conta do Paraná desde a última semana ocasionou, além do calor inesperado, a queda no índice de umidade relativa do ar em vários municípios do estado. A situação mais crítica é enfrentada nas regiões Norte e Nordeste, onde a taxa pode ficar abaixo dos 20% na tarde desta segunda-feira (25), de acordo com o Instituto Tecnológico Simepar.

No domingo, a umidade relativa do ar chegou a 12% em Paranavaí, que pode novamente registrar um índice semelhante nesta tarde. Por volta das 12h30, o município tinha valores de umidade em torno dos 22%. No mesmo horário, alguns municípios com índice abaixo dos 30% eram Apucarana (29%), Curitiba (26%) e Londrina e Maringá (28%).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que níveis de umidade relativa do ar entre 12% e 20% representam uma situação de emergência em termos de saúde. "A umidade abaixo dos 30% já é de deserto. No que diz respeito à saúde, um índice baixo significa um alto risco de desenvolver doenças", afirma o pneumologista do Hospital de Clínicas da UFPR João Adriano de Barros.

Segundo o especialista, a falta de umidade afeta todo o organismo, mas especialmente os órgãos que ficam diretamente expostos ao ar, como as vias aéreas (que compõe o aparelho respiratório). "A desidratação comum quando o ar está muito seco causa disfunção no organismo. Os desgastes são mais sentidos nos olhos, nariz, ouvidos e garganta. As vias aéreas superiores se irritam causam rinite, coceiras, disfunções nasais, espirros, por exemplo", alerta.

De acordo com o médico, a fragilidade do organismo quando enfrenta irritações causadas pela baixa umidade do ar pode levar as pessoas a desenvolverem problemas ainda mais graves, como infecções. "A alteração das vias áreas inferiores pode levar a uma faringite, laringite, bronquite".

A baixa umidade relativa do ar pode afetar também a pele, que tende a ficar mais desidratada. Apesar de que qualquer pessoa pode enfrentar problemas com a falta de umidade, aquelas que apresentam doenças crônicas, como alergia e asma, sofrem ainda mais.

Já que não há como fugir do tempo seco, seguir algumas orientações é fundamental para evitar complicação. De acordo com Barros, o essencial em épocas como esta é evitar o uso de aparelhos de ar condicionado ou aquecedores, que retêm ainda mais a umidade. "Se não puder evitar, na hora em que for ligar o aparelho tem que observar se o ambiente está recebendo hidratação adequada. É bom colocar um balde de água nos cômodos, ou uma tolha felpuda molhada ou então um umidificador de ar", garante. Ainda é importante evitar banhos muito quentes e demorados, além, de claro, tomar muito líquido durante o dia. Para adultos, a recomendação é de dois litros. Crianças podem ingerir em torno de 700 ml.

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