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No total, Foz conta com seis quilômetros de ciclofaixas e três de uma única ciclovia | Marco André Lima / Gazeta do Povo
No total, Foz conta com seis quilômetros de ciclofaixas e três de uma única ciclovia| Foto: Marco André Lima / Gazeta do Povo

Ativismo

Projetista adotou a bike e hoje é defensor dos pedais

Incentivado pelos colegas de trabalho, o projetista Edward Richards, é um adepto do uso da bicicleta como meio de transporte há pelo menos três anos. "Comecei por influência dos amigos e hoje sou eu quem tenta envolver todo mundo nesta prática", afirma.

Richards já imagina o momento em que poderá pedalar ao lado do filho, de 3 anos. Segundo o projetista, é só ele chegar de bike na saída da escola que o garoto faz festa. "Já os pais dos coleguinhas dele me olham estranho", admite.

Curtas, mal sinalizadas e desconectadas, as ciclofaixas e ciclovias disponíveis em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, ainda estão longe do que está projetado para a cidade em termos de mobilidade urbana. De acordo com o Instituto de Trânsito (Foztrans), faltam investimentos e ruas adequadas. Propostas da comunidade e de usuários e estudos em andamento reforçam a expectativa de que a cidade tem demanda suficiente para abrigar uma grande malha cicloviária.

Para quem usa a bicicleta para ir ao trabalho, à escola ou mesmo para o lazer e a saúde, a opinião é única: não há condições seguras para a prática do ciclismo. No total, são cerca de nove quilômetros de vias próprias – seis quilômetros de ciclofaixas e três da única ciclovia da cidade. Os acostamentos das rodovias que leva à Hidrelétrica de Itaipu e da que corta o Parque Nacional do Iguaçu são as alternativas mais usadas pelos ciclistas locais, ambas sem as condições necessárias de segurança.

No centro da cidade, um trecho de aproximadamente dois quilômetros, somando os dois sentidos, é o mais bem sinalizado, resultado de vários protestos de usuários preocupados com a segurança de quem trafega pela via. Outro trecho, maior e mais usado, se estende por cerca de quatro quilômetros desde o centro até um dos bairros mais populosos da cidade. Porém, é mal sinalizado.

Segundo o diretor do Foztrans, Edson Stumpf, existe um grande projeto sendo desenvolvido. A fase atual é de levantamento e de pesquisas em campo para a definição do traçado. Após isso, serão estimados os recursos necessários. O próximo passo, garante Stumpf, será revitalizar os trechos que já existem ainda neste ano. "Falta dinheiro e estrutura. A maioria das ruas não tem largura suficiente. Se contarmos os espaços para ônibus, bicicleta, carros e pedestre, o ideal seria ruas com 40 metros, e as mais largas têm 23 metros", afirma.

Frente à falta de ciclovias, o técnico em informática Luiz Almeida Júnior relata que restringe as pedaladas aos finais de tarde e fins de semana, somente como diversão e esporte. "A ideia era usar a bicicleta todos os dias, mas o trânsito intenso, a falta de vias adequadas e o desrespeito com os ciclistas me fizeram desistir."

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