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Camila: economia de 25 minutos depois da compra do carro | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Camila: economia de 25 minutos depois da compra do carro| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Dados de 2006, último ano coberto pela mais recente pesquisa sobre o trânsito nas capitais da Associação Brasileira de Medicina de Trânsito (Abramet), apontam que Curitiba é a quinta cidade em número de acidentes de trânsito com vítimas no país. Com 6.973 acidentes, a capital paranaense representa 6% total registrado no país naquele ano: 100.794.

Um ponto interessante do levantamento, aponta o presidente da Abramet, o médico Flávio Adura, é o de que o número de mortes em acidentes de trânsito não tem crescido no país desde 2001, mantendo-se em aproximadamente 18 mil. "Mesmo assim, o número é assustador de tão alto que é, cerca de três vezes maior em relação a mortes no trânsito em países desenvolvidos", compara o presidente da Abramet.

Entretanto, Adura diz acreditar que esses registros devem cair consideravelmente nas estatísticas de 2008 em diante. Tudo por conta da vigência da lei federal 11.705, a chamada lei seca, que proíbe os motoristas de consumirem qualquer quantidade de álcool. Segundo Adura, resultados já estão sendo colhidos desde que a lei entrou em vigência em junho. Como exemplo, ele cita que em apenas dois meses o número de acidentes em rodovias federais caiu 14,5% e de atendimentos das ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) caiu 14,86% em todo o país. "Tenho certeza que em 2008 a queda de acidentes será extraordinária por conta dessa lei", diz.

Fiscalização

O diretor do pronto-socorro do Hospital Cajuru e médico socorrista do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate), do Corpo de Bombeiros, Vinícius Filipak, é mais cético. Ele diz crer que a redução só vai ocorrer se houver fiscalização severa para que a lei seja cumprida. "A simples existência da lei não quer dizer que a pessoa vá mudar de comportamento. Até porque grande parte das pessoas alcoolizadas que se envolvem em acidentes é reincidente, já correu risco de morte e continuou com comportamento de risco. Portanto, só vai haver mudança se houver fiscalização séria", reforça Filipak.

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