O cirurgião plástico, escritor e presidiário Hosmany Ramos convocou jornalistas para anunciar, nesta sexta-feira (2), que "provavelmente" não voltará à cadeia após o fim da saída temporária de Natal e ano-novo. Na ocasião, segundo comunicado enviado por um assessor de imprensa, vai "denunciar a corrupção do sistema carcerário". A fuga anunciada seria um protesto contra as más condições da prisão e envolveria o medo de ser morto após as denúncias.
A nota enviada à imprensa na quinta-feira (1) informa que Hosmany estaria "consciente do radicalismo de sua decisão", mas considera que a "Penitenciária de Valparaíso (onde está preso em regime semiaberto) é um verdadeiro inferno", onde não consegue "ler e escrever". A entrevista foi marcada no Hotel Mercure, mas até a noite de ontem não havia reserva, segundo funcionários do local.
Preso em novembro de 1981, Hosmany foi condenado a 53 anos de prisão pelo assassinato de dois cúmplices - o piloto Joel Avon e o estelionatário Firmiano Angel -, por roubo de aviões e contrabando de carros importados. Era, então, um cirurgião plástico bem-sucedido, assistente de Ivo Pitanguy. De acordo com a nota enviada por seu suposto assessor, "era um médico famoso e intelectual refinado, quando, de repente, por razão que nem ele mesmo consegue explicar, viu-se do outro lado da lei".
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
Afastar garantias individuais em decisões sigilosas é próprio de regimes autoritários
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
Deixe sua opinião