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 | Christian Rizzi / Gazeta do Povo
| Foto: Christian Rizzi / Gazeta do Povo

24 quadros por segundo

"A vida é feita de escolhas. O difícil é conviver com elas."

A frase foi dita pelo personagem de Jeremy Irons, no filme The Words.

Uma bela araucária (foto 2) atrai olhares de quem passa pela Rua Antônio Krainiksi, no bairro São Lourenço, em Curitiba. Isso porque alguém pendurou na árvore uma faixa com o pedido: "Socorro, me salvem". Ao lado da araucária existe um grande buraco, sinalizado e isolado com estacas de madeira e uma rede vermelha. Segundo o vice-presidente da Associação dos Moradores e Amigos do São Lourenço, César Leme, nas ruas Mateus Leme e Nilo Peçanha também há diversos buracos, sinalizados da mesma forma. Após contato com a assessoria de imprensa da Copel, a coluna descobriu o motivo da preocupação expressa na faixa. A companhia pretende instalar superpostes na região e, para isso, vai retirar algumas árvores.

Compensação

O buraco na Rua Antonio Krainiksi foi feito por uma empreiteira contratada pela Copel para construir a linha de subtransmissão Pilarzinho–Bom Retiro. Segundo a Copel "essa linha vai ligar a subestação transformadora de energia que já existe no Pilarzinho a uma subestação que está em construção e se chamará Bom Retiro". O licenciamento ambiental da linha está sendo feito por essa empreiteira, que, em conjunto com a Copel, elabora um plano de compensação ambiental pela retirada das araucárias. A Copel avisa que o plano será encaminhado para análise da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e que é bem possível que o corte seja aprovado. Como forma de compensação, a empresa diz que fará o plantio de novas mudas de araucária ou outras espécies nativas.

Haitianos

Sensibilizado com a história dos haitianos que vivem com dificuldade em Curitiba, publicada na semana passada pela Gazeta do Povo, o leitor Dionísio se uniu a um colega para arrecadar doações para os imigrantes. Os haitianos começaram a desembarcar no Brasil em 2011, depois de um terremoto no ano anterior que destruiu aquele país. Como não falam português, eles acabam sendo empregados em setores com baixos salários e parte da renda é enviada a familiares que permaneceram no exterior. Na região de Curitiba, estima-se que vivam cerca de mil haitianos. Quem quiser ajudar pode entrar em contato com Dionísio pelo e-mail contabilidadetorres@yahoo.com.br.

Teste de acessibilidade

Uma atividade realizada na última sexta-feira por alunos e psicólogos da Universidade de Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, chamou a atenção para a falta de preocupação dos gestores públicos em garantir condições de acessibilidade a pessoas com deficiência. Um homem e uma mulher caminharam de braços dados e olhos vendados pela calçada perto do Terminal de Transporte Urbano. Com ajuda de bengalas, a dupla demorou 45 minutos para transpor um trajeto feito em pouco mais de cinco minutos por qualquer pedestre com boa visão. Um dos participantes da experiência, Marco Albuquerque é acadêmico do curso de Letras e sua visão é perfeita. Ele acompanhou Salete Marafon (que perdeu a visão há mais de 20 anos) e conseguiu sentir a tensão de caminhar por locais pouco ou nada preparados para cegos.

Colaborou: Daniela Valiente

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