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Operários limpando o Rio Belém, na frente do Ferroviário – junho de 1950 |
Operários limpando o Rio Belém, na frente do Ferroviário – junho de 1950| Foto:
  • O Colosso da Vila Capanema, em 1950
  • Depredação, ocorrida em fevereiro de 1950
  • Em 1950, a ampliação das arquibancadas com madeira
  • Outro aspecto do quebra-quebra após a derrota para os gaúchos

Os meios futebolísticos de Curitiba estão seriamente agitados com o noticiário de que a Copa do Mundo do longínquo ano de 2014, a ser realizada no Brasil, deverá ter uma sobrinha para um ou dois jogos na cidade.

Os clubes estão numa euforia incomum. O Atlético se propõe a terminar rapidamente a parte que falta para fechar o seu estádio, agora denominado Arena da Baixada em detrimento ao antigo Estádio Joaquim Américo, cujo nome homenageava o doador daquele espaço.

O Coritiba resolveu rapidamente demolir o atual Couto Pereira, que já foi Belfort Duarte, para construir um portentoso estádio, que deixará o da baixada no chinelo e assim competir com o arqui-rival para também sediar algum jogo da futura e distante Copa de 2014.

A capital do Paraná já teve a honra de apresentar dois jogos da malfadada Copa de 1950. Paraguai e Suíça se defrontaram no campo do Ferroviário, assim como Estados Unidos e Espanha também pelejaram no então Colosso da Vila Capanema.

No final do ano de 1949, uma comissão da CBD vistoriou o Estádio Durival Brito, pertencente à Rede Viação Paraná–Santa Catarina e indicou uma série de melhoramentos para que os dois jogos pudessem ser ali realizados.

Limpeza no Rio Belém, preparação de amplo estacionamento e construção de arquibancadas suplementares feitas em madeira. Tudo foi feito pela prefeitura e pelo governo do estado, obviamente coberto com verba pública oriunda do bolso do contribuinte, tendo ainda sido aplicada uma mordida espetacular de 1 milhão de cruzeiros – fortuna nada desprezível para aquela época – mordida esta aplicada no governo de Moisés Lupion, como aditamento para poder se concretizar as duas partidas em Curitiba.

Se o ano de 1950 foi infeliz para o futebol brasileiro, não menos o foi ao paranaense. As obras no Colosso da Vila Capanema já estavam sendo encaminhadas quando, em fevereiro daquele ano, foi realizado pelo Campeonato Brasileiro o jogo entre Paraná e Rio Grande do Sul. Curitiba vibrava com a seleção paranaense e acreditava que aquele domingo, 14 de fevereiro, sería a oportunidade de vingar os 22 anos em que perdia, a fio, para a seleção gaúcha.

A bruxa estava solta. O Paraná, com um punhado de craques, como Fedato, Nelsinho, Jackson e Sanford, perdeu feio por 4 a 2. O goleiro daqui da terra engoliu três frangaços que enfureceu a torcida, que passou a depredar o que pôde do estádio. A Rede Viação calculou os prejuízos em 50 mil cruzeiros. O interessante é que o governador Lupion havia subvencionado a FPF com a quantia de 60 mil cruzeiros para auxiliar a formação da nossa seleção. O governador já possuía o título de "Amigo número 1 do esporte".

No próximo domingo, a Nostalgia vai mostrar como foram os jogos da Copa de 1950 em Curitiba.

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