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      Todos vivem se queixando, ou por causa do frio ou então porque não para de chover. Mas agora as reclamações pegaram para valer. Onde já se viu um verão fazer valer como a estação mais quente do ano, ainda mais em Curitiba onde se está acostumado a ouvir comentários de que num único dia se apresentam as quatro estações meteorológicas.

      O consumo de líquidos está batendo recordes, os fornecedores de água mineral não vencem atender a freguesia. A ingestão de refrigerantes, cervejas e chopes é constante e os transeuntes usam trajes leves, na tentativa de encarar a canícula mais hidratada possível.

      Em tempos passados o curitibano enfrentou dias quentes de verão. Entretanto, tinha a seu favor certo conforto promovido pela arborização profusa que cobria as ruas, os jardins e os quintais, sendo esses possuidores de pomares com as frutas da estação. Os caramanchões eram comuns e em suas sombras se degustavam cachos de uvas, de um parreiral próprio. Lembro, com saudades, das uvas servidas imersas numa bacia com água fresca de poço.

      Sorveteiros giravam pelas ruas com suas carrocinhas, chamando a atenção da freguesia, geralmente a garotada, apregoando suas mercadorias: Olha o sorvete, dolé, esquimó! Os botequins vendiam um copo de refresco feito com água e xarope de groselha por um tostão era o capilé a bebida preferida e deglutida pela piazada nos verões que já se foram.

      Calor? Banho de rio! O Barigüi era o mais perto, praticamente circundava a cidade. A turminha não tinha dúvidas, em tempo quente a algazarra era geral nas águas tanto dos rios como nos tanques, sendo o mais procurado o do bairro do Bacacheri, que possuía vestiários para os banhistas, além de um trampolim de madeira e aluguel de canoas.

      Com o calor, aconteciam os aguaceiros durante os meses de janeiro e fevereiro; a chuvarada causava enchentes nas bacias dos rios do Ivo e Belém, inundando o Centro da cidade por onde passavam. O verão ainda proporcionava algumas quedas de granizos, com prejuízos para as hortas e pomares.

      Com sol ou com chuva, os tempos passados se foram. Ficam os tempos presentes quando continuamos enfrentando o calor, de preferência na sombra e com muita água fresca. As fotografias da Nostalgia deste domingo se referem a ambientes refrescantes, com muita água. Para não esquecer o tempo quente, mostramos uma fotografia do Estádio Joaquim Américo. Feita em 1949, um ano antes da Copa de 50. Não era uma beleza?

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