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As dificuldades de última hora enfrentadas pelo Palácio do Planalto nas tratativas para obter o apoio dos tucanos à prorrogação do imposto do cheque são acompanhadas com toda a atenção pelo PMDB. O partido aliado, que apesar de ter a maior bancada foi relegado a papel de coadjuvante, na presunção de que a maioria de seus senadores votará a favor da CPMF de qualquer maneira, enxerga no cenário de incerteza uma janela de oportunidade. "O governo ainda nem começou a negociar com o PMDB", afirma Valter Pereira. Se o PSDB, na reunião de sua Executiva marcada para hoje, fechar questão contra o imposto, o valor de mercado dos peemedebistas certamente subirá.

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Prévia – Os senadores do PSDB pretendem fechar questão já na reunião da bancada. Não querem dar a impressão, mais tarde na Executiva, de que foram emparedados pelos deputados, caso o partido decida implodir o acordo com o governo.

Pêndulo – Nos prognósticos, Eduardo Azeredo é incluído ora na lista dos adversários do acordo, ora como indeciso. O mineiro diz que "até agora" acha que o PSDB tem de votar contra a CPMF, pois o governo deveria "fazer mais concessões". Mas deixa uma brecha para "ouvir a proposta".

Peculiar – Estranho partido o PSDB, diz um aliado: ameaça fechar questão contra o desejo de seus dois presidenciáveis, José Serra e Aécio Neves.

Superação – De um petista sobre os tucanos: "Hoje eles têm mais tendências do que o PT, se é que isso é possível".

Menos, menos – Em reunião ontem no Planalto, ficou combinado que "alguém" vai falar com o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) e pedir moderação ao garoto-propaganda do terceiro mandato. Se necessário, o próprio Lula. Mas o primeiro escalado para a tarefa é Ricardo Berzoini.

Freezer – Lula disse a auxiliares que o governo deve, a partir de agora, priorizar a execução dos projetos já anunciados, e não o lançamento de outros. "Se me aparecerem com idéia nova, vou pôr na caixinha e deixar para o próximo presidente", brincou.

Embromation – Os responsáveis pelo projeto, encomendado por Lula, de um centro de tecnologia do etanol saíram de recente reunião na Casa Civil com a cristalina impressão de que Dilma Rousseff não quer saber da idéia. E a Petrobrás menos ainda.

Nem pensar – Maria do Rosário descarta a proposta de desistir da prévia petista em troca do lugar de vice na chapa do correligionário Miguel Rossetto à Prefeitura de Porto Alegre. A deputada afirma ter o dobro das intenções de voto do ex-ministro.

Eu? Imagina... – Secretário de Comunicação do PT e apoiador da reeleição de Ricardo Berzoini, Gleber Naime diz que não tem reclamações a fazer sobre a suposta abundância de recursos da campanha do deputado Jilmar Tatto à presidência do partido.

Salvaguarda – Governistas da Comissão do Trabalho da Câmara devem aprovar voto em separado ao projeto que cria fundações estatais para gerir nove áreas do serviço público federal. Alegam que é preciso garantir estabilidade aos futuros contratados.

Plus – O governo de José Serra suplementou pela segunda vez o orçamento de publicidade para este ano. Com o acréscimo de R$ 8 mi, feito sob o argumento de que cresceu a arrecadação em SP, a administração tucana poderá gastar até R$ 76,5 mi nessa área.

Temporário – Derrotado na tentativa de se reeleger deputado federal, Walter Barelli (PSDB) conseguiu contrato no governo paulista. Receberá R$ 8.000 para organizar, em dois meses, evento da Fundação Prefeito Faria Lima.

TIROTEIO

* Da deputada federal Luciana Genro, que integrou a CPI do Apagão Aéreo, sobre a atitude de Nelson Jobim (Defesa) em relação às companhias, que vêm burlando as restrições estabelecidas para Congonhas.

– O ministro fala duro e tira foto vestido de militar, mas se comporta como carneirinho diante dos interesses das empresas aéreas.

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