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O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que o treinamento online inclui cursos sobre atividade política, militância e debates públicos.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que o treinamento online inclui cursos sobre atividade política, militância e debates públicos.| Foto: Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

Na transmissão ao vivo ocorrida neste domingo (15), intitulada O Caminho da Liberdade, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) lançou um programa de formação política alinhado a temas de interesse dos conservadores, entre eles o da segurança e legítima defesa. O curso é pago e une vários nomes da direita.

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Temas como a doutrinação nas escolas, ativismo judicial, políticas de cultura e legítima defesa fizeram parte da reunião de nomes da direita com objetivo de arregimentar público e impulsionar o lançamento do curso criado pelo deputado.

O evento virtual obteve mais de 20 mil espectadores e durante a live o deputado comemorou ter atingido a marca de 1 milhão de inscritos no seu canal do YouTube, onde ocorreu a transmissão. De acordo com o parlamentar, o objetivo da formação é “disseminar o conhecimento”.

Focado em pautas apoiadas pelo público pró-Bolsonaro, o treinamento online ofereceu, além dos cursos sobre atividade política, militância e debates públicos, um guia para a posse de armas de fogo e o exercício do direito à legítima defesa.

Na abertura, Eduardo Bolsonaro falou dos jovens e disse estar preocupado com o futuro do país, o que foi repetido por diversos participantes.

A iniciativa surgiu depois de campanhas da esquerda que apelam aos jovens para votar contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) no pleito de outubro. Um dos palestrantes, o youtuber Gustavo Gayer, que é professor e possui uma instituição de ensino, focou no problema da doutrinação de adolescentes que hoje formam parte importante da base da esquerda. O apoio dessa parcela do eleitorado pode fazer a diferença nas eleições de 2022.

Gayer considera que a doutrinação de crianças e adolescentes pela esquerda é “o problema mais grave do país”. Segundo ele, toda a infraestrutura ou desenvolvimento que o Brasil alcançar em outros aspectos poderá ser “destruído” por essa geração formada pela esquerda.

Eduardo Bolsonaro equiparou a sua iniciativa de formação ao trabalho de Olavo de Carvalho, mas salientou que o filósofo fez “uma formação mais na linha filosófica”.

Ampliação da base

Os convidados para a formação falaram das dificuldades enfrentadas por conservadores na mídia e no ambiente político, mas buscaram trazer mensagens de otimismo em relação ao que o presidente Jair Bolsonaro poderia fazer em um eventual segundo mandato.

O deputado procurou se dirigir ao público jovem, ressaltando a necessidade e urgência de “enfrentar o cancelamento”, o que ficou evidente na fala do atleta Maurício Souza. Logo no início do evento, Eduardo Bolsonaro contou que teve o perfil do Instagram restringido poucas horas antes, o que ele considerou uma coincidência às portas do lançamento da formação em seu canal.

Além dos especialistas em segurança pública, como Marcos Pollon, do movimento Pró Armas, a iniciativa trouxe deputados e ex-membros do governo, como o ex-ministro Ricardo Salles, que oferece um curso sobre meio ambiente, a ex-ministra Damares Alves e o ex-secretário Mário Frias, cada um focando em temas ligados às suas áreas de atuação, dando destaque aos tópicos de maior polarização entre esquerda e direita no país.

Um dos temas que apareceram durante a live foi a educação domiciliar. A deputada Bia Kicis (PL-DF), que faz parte do time reunido pelo deputado, disse que a pauta pode avançar no Legislativo nesta semana.

Um dos projetos é de autoria de Bia Kicis e da deputada Chris Tonietto (PL-RJ), e impede a perseguição de famílias educadoras. Em tom otimista, a parlamentar afirmou ter convicção de que o projeto será aprovado.

Presente na transmissão, o ex-ministro Onyx Lorenzoni disse que a esquerda se preparou por 40 anos. “Quando os militares saíram, a esquerda estava nas universidades”, conta. Ele afirmou que a burocracia nacional hoje abriga quadros esquerdistas que “impedem o desenvolvimento do país”.

Ao ressaltar a necessidade de união junto ao governo Bolsonaro, Lorenzoni lembrou das comemorações do Dia da Independência em 2021, que segundo ele “nunca foi visto antes no Brasil”, referindo-se à quantidade de pessoas que lotaram a Esplanada dos Ministérios.

"Nós temos que lutar contra um sistema que foi construído em mais de 30 anos”, disse Onyx, parabenizando Eduardo Bolsonaro pela iniciativa, que segundo ele representa um marco na “constituição de uma base” à direita, que poderá favorecer a continuidade do projeto iniciado nas eleições de 2018.

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