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Em meio à greve de policiais militares em Pernambuco, ao menos sete homicídios ocorreram entre a noite de quarta (14) e a madrugada desta quinta (15) na região metropolitana do Recife, em um intervalo de sete horas.

De acordo com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da capital pernambucana, os assassinatos ocorreram entre 18h e 1h, em locais diversos.

No mesmo período, uma onda de saques realizada na região resultou na detenção de ao menos oito adultos e três adolescentes.

Os saques e homicídios são reflexo da greve de policiais militares, deflagrada na terça-feira (13). Entre as reivindicações da categoria está um reajuste salarial de 50%, o que é descartado pelo governo do Estado.

A situação mais grave, até o momento, ocorreu em Abreu e Lima, município da região metropolitana do Recife. Houve saques a lojas, supermercados e até caminhões que passavam pela BR-101.

Ônibus também foram usados para bloquear a rodovia e depois depredados e incendiados. O trânsito no local só passou a fluir por volta das 23h de quarta, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal.

Força Nacional desembarca em Pernambuco

Os primeiros carros da Força Nacional de Segurança Pública, ligada ao Ministério da Justiça, chegaram ao Recife às 4h30 desta quinta-feira (15). O envio da Força Nacional foi solicitado pelo governo estadual por causa da onda de violência em Pernambuco por conta da greve dos policiais militares.

Segundo informou a assessoria de imprensa do governo de PE, os veículos foram deslocados de Alagoas. Por razões de segurança, o número de policiais não foi informado.

Outros integrantes da Força Nacional e também do Exército estão previstos para chegar ao Recife nesta quinta. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deve acompanhar esse desembarque em Pernambuco.

O presidente do TJ (Tribunal de Justiça) de Pernambuco, desembargador Frederico Neves, declarou a ilegalidade da greve de policiais e bombeiros militares. De acordo com o tribunal, o desembargador estabeleceu multa diária de R$ 100 mil para associações e movimentos independentes de PMs e bombeiros que não voltarem ao trabalho. O governo do estado e as associações ainda não foram notificados da decisão.

Policiais e bombeiros militares estão parados desde a noite de terça-feira (13).O governo disse ter se comprometido na quarta-feira (14) a atender três dos quatro principais pontos da pauta de reivindicação, mas os policiais não ficaram satisfeitos e decidiram manter a paralisação. Cabos e soldados fazem assembleia às 10h. Oficiais, às 14h.

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