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Uma das peças publicitárias da campanha em defesa da vida que relaciona o DIU e o aborto.
Uma das peças publicitárias da campanha em defesa da vida que relaciona o DIU e o aborto.| Foto: Reprodução / Instagram

O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) se manifestou contrário a outdoors e publicações nas mídias sociais da Rede Estadual em Defesa da Vida de Alagoas que afirmam que o DIU é abortivo. A decisão foi tomada de forma unânime, pelo conselho da entidade, no último 11 de março, após a denúncia de duas pessoas. A Rede em Defesa da Vida ainda pode apresentar sua defesa.

De acordo com os dois consumidores, os outdoors foram instalados em Maceió, no fim de 2019. O relator do processo no Conar, cujo nome ainda não foi divulgado pela entidade, afirmou – baseado em documentos como os veiculados pelo Ministério da Saúde – que não há evidências de que o DIU cause o aborto.

A Rede Estadual em Defesa da Vida, em Alagoas, afirmou que, até agora, o Conar não entrou em contato com eles.

Aborto após gravidez ectópica em consequência do DIU

Documento da Food and Drug Administration (órgão nos Estados Unidos equivalente à Anvisa no Brasil) relata casos de gravidez ectópica em uma em cada mil usuárias do Mirena, o chamado DIU hormonal, sendo que, nesses casos, o aborto é necessário e as mulheres ficam estéreis. O paper cita também casos de gravidez intrauterina e a possibilidade de abortos espontâneos.

A própria Bayer, em um de seus comunicados para o mercado, fala que, só em 2019, até outubro, 2.700 usuárias do Mirena entraram com ações contra a empresa alegando terem sofrido lesões pessoais com o produto, como perfuração de útero, gravidez ectópica, etc. No balanço consolidado de 2019, a empresa afirma ter feito um acordo de US$ 12 milhões com mulheres que alegaram perfuração e que outros processos ainda estão em andamento.

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