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Cenas de municípios arrasados por enxurradas e terremotos fazem com que questionemos se a cidade em que moramos está protegida de desastres como esses. Um aspecto observado é certo. O clima não faz vítimas de acordo com a classe social. Todos nós estamos vulneráveis a tragédias ambientais. "O efeito climático é bastante democrático", resume o climatologista José Marengo.

Com episódios de chuvas torrenciais mais frequentes, o especialista alerta que grandes cidades também estão suscetíveis a inundações por estarem completamente impermeabilizadas por construções que impedem a vazão necessária das águas. O engenheiro civil Alexandre Guetter, professor do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Universidade Federal do Paraná (UFPR), explica que as estruturas são projetadas para um determinado risco. Ou seja, existe um limite de situações extremas a que as estruturas devem ser submetidas em um certo período de tempo.

Para calcular essa resistência, um dos pontos considerados pelos engenheiros são estatísticas de chuvas. "As estatísticas que valiam no passado deveriam ser revistas hoje. O cenário com que nos deparamos hoje é diferente do que existia em 1960", avalia Guetter. Ele sugere que o planejamento de futuras obras desconsidere dados antigos de chuvas. "É desejado que essas estatísticas sejam revisadas para cima."

Entretanto, Curitiba está em uma posição mais segura. "Os riscos e as políticas urbanas em Curitiba são bastante consolidados", afirma Guetter. Para ele, a criação de parques com lagos que servem como válvula de controle das chuvas é uma medida positiva que deveria ser estendida a outros municípios da região metropolitana.

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