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Governador Beto Richa no lançamento da pedra fundamental do contorno: realização da obra ainda não foi autorizada | Agência Estadual de Notícias
Governador Beto Richa no lançamento da pedra fundamental do contorno: realização da obra ainda não foi autorizada| Foto: Agência Estadual de Notícias

Pedágio

Seguem as negociações entre governo e concessionárias

A antecipação do contorno de Campo Largo é a terceira obra negociada entre o governo estadual e as concessionárias de pedágio no último ano. No Oeste, foi oficializada a duplicação de 14 quilômetros da BR-277 entre Medianeira e Matelândia, e, no Norte, é o contorno de Mandaguari que está saindo do papel.

Também recentemente veio a público o decreto que define os integrantes da comissão tripartite – formada por governo, empresas e representantes dos usuários – para debater as concessões de rodovias no Paraná. A comissão foi criada em 2010 e agora está sendo composta inclusive por entidades que questionam o valor das tarifas praticadas, como a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar) e o Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos no Estado do Paraná (Fenacam-PR). A comissão não tem poder de definir preços ou alterar contratos – é um órgão consultivo.

Interatividade

Qual a importância de um novo contorno rodoviário em Campo Largo?

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Com direito a foto do governador Beto Richa comandando uma retroescavadeira e ao lançamento de pedra fundamental, um novo contorno rodoviário na BR-277 em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, foi lançado em novembro de 2011. Mas desde então não se viu mais nenhuma máquina no local. Passados 136 dias, a realização da obra nem sequer foi autorizada pelo governo estadual.

O contorno de Campo Largo – que deve ter 11,7 quilômetros, custar R$ 70 milhões e levar 400 dias para ser concluído – estava previsto no contrato de pedágio de rodovias do Paraná para ser iniciado em 2014. Mas o governo estadual e a concessionária Rodonorte concordaram em antecipar a obra, protelando a duplicação do trecho entre Piraí do Sul e Jaguariaíva, na PR-151, Região dos Campos Gerais, que deveria ter começado em 2011.

O diretor de Operações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Paulo Milani, confirma que a obra ainda não foi autorizada e explica que entraves burocráticos e jurídicos atrasaram o processo. "Foram necessárias alterações no projeto, como mudanças no traçado que forçaram algumas alterações de valores", conta. Porém, ele assegura que tudo deve estar resolvido nesta semana.

No dia 22 de março, foi publicado o decreto de desapropriação de áreas para viabilizar o contorno. São cinco pequenas áreas, apenas para a execução de alças de viadutos.

Sobre o fato de o início imediato da obra ter sido anunciado no ano passado, Milani considera que foi um momento simbólico. "Foi um ato político do governo para dizer que estávamos em negociação", diz. A concessionária Rodonorte, responsável pelo trecho, informa através da assessoria de imprensa que está pronta para iniciar o trabalho na região.

Projeto

O novo trecho de rodovia deve começar no fim da Serra de São Luiz do Purunã, na altura no viaduto que dá acesso a Araucária, e terminar logo após o fim do perímetro urbano de Campo Largo. O percurso terá um viaduto, duas trincheiras, uma ponte, duas novas rotatórias e duas novas alças de viaduto. Com o desvio, serão eliminados do trajeto dos motoristas dois radares, três lombadas e um semáforo.

As negociações para antecipar o contorno de Campo Largo começaram em maio do ano passado, em função do alto tráfego que vem do interior para a capital pela BR-277. Se as obras tivessem sido iniciadas logo após a solenidade de lançamento, no feriado de Páscoa do ano que vem os motoristas não teriam mais que enfrentar as filas corriqueiras em dias de grande movimento. No trecho urbano da rodovia há um semáforo, que provoca congestionamentos de até 22 quilômetros em feriadões. As pistas que hoje cortam uma parte movimentada de Campo Largo devem ser transformadas em avenidas.

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