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A arrecadação das concessionárias de pedágio do Paraná aumentou 125% nos últimos seis anos. Para o governo estadual, essa é a prova de que o valor da tarifa é abusivo. Já a Associação Brasileiras das Concessionárias de Rodovias (ABCR) argumenta que a receita não seguiu a estimativa inicial. A entidade também rechaça qualquer comparativo com aferidores inflacionários, enfatizando que o cálculo do reajuste da tarifa é feito com base numa fórmula própria. Mas o fato é que a inflação acumulada de janeiro de 2001 a setembro de 2007 é de 84,86% pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) e de 55,30% pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Nesse período, por exemplo, o dólar teve decréscimo acentuado e o barril de petróleo disparou.

O motivo da elevação da receita das concessionárias não é apenas o aumento de custos. De tempos em tempos, as concessionárias têm direito aos chamados "degraus". São reajustes que foram previstos nos aditivos contratuais firmados como compensações pela redução brusca da tarifa pela metade, na década de 90. "As obras são físicas, mensuráveis e as contas têm base matemática. Perdendo nós já estamos, com todas essas demandas", avalia o diretor regional da ABCR, João Chiminazzo Neto, acrescentando que as empresas aceitam rediscutir o contrato dentro de regras claras. Para ele, é preciso destacar que a renegociação de um acordo prevê que ambas as partes concordem em ceder. "Mas precisa ser bom para todos os lados", enfatiza.

O diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Rogério Tizzot, admite que a conversa só avança se cada um aceitar perder um pouco. Mas dá mostras de que, em alguns aspectos, o governo é categórico. A redução da taxa de retorno é um dos pontos. Outra questão será os custos de administração. A redução de obras em quase 500 quilômetros não diminui as despesas.

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