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O próximo final de semana terá uma hora a menos para os moradores do Paraná e de outros nove estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, além do Distrito Federal, com o início de mais uma edição do horário de verão. De acordo com a Companhia Paranaense de Energia (Copel), a alteração no relógio deve permitir uma redução de 5,5% na demanda máxima simultânea por energia, o que significa dispensar o uso de 220 megawatts de potência no horário de pico, entre 18 e 21h.

À meia-noite de sábado (18), os relógios deverão ser adiantados para a 1h de domingo (19). Segundo a Copel, diferentemente do entendimento de boa parte da população, a principal finalidade do horário de verão não é o de proporcionar redução no consumo geral de energia elétrica. Os efeitos práticos dessa medida, de acordo com registros da Copel, não ultrapassam a 0,5% sobre os níveis habituais de consumo e decorrem fundamentalmente do menor tempo de uso de iluminação artificial.

A importância do horário de verão está na folga que a mudança gera para as instalações do sistema elétrico, já que os picos máximos de demanda por energia nas diferentes categorias de consumo deixam de coincidir. "Com o horário de verão, o pico de demanda nas residências passa a ocorrer ainda com o dia claro, sem coincidir com o acionamento dos sistemas de iluminação pública, cujas lâmpadas são acionadas automaticamente por dispositivos sensíveis à redução da luminosidade ambiente", explicou a gerente do Centro de Operação do Sistema Elétrico da Copel, Ana Rita Xavier Haj Mussi à Agência Estadual de Notícias (AEN).

"O simples gesto de adiantar o relógio em uma hora durante o verão permite ao Paraná uma redução de 5,5% na demanda máxima simultânea por energia, o que significa dispensar o uso de 220 megawatts de potência no horário de ponta", disse Ana Rita. Segundo a gerente, a redução equivale a desligar todas as fontes de energia durante o período crítico em uma cidade do tamanho de Londrina, no Norte, que tem quase 190 mil ligações elétricas.

O efeito conjunto do horário de verão em todos os estados onde será aplicado equivale a deixar de injetar no sistema elétrico interligado cerca de 2 mil megawatts de potência – o correspondente à metade de toda a demanda do Paraná no horário de pico.

Os 60 minutos a serem subtraídos deste domingo (19) serão repostos à 0h do dia 15 de fevereiro de 2009, quando os relógios serão atrasados, marcando o fim do horário de verão.

História

Esta será a 34ª vez que o horário de verão vai ser instituído no Brasil – a 24ª de maneira consecutiva. Neste ano, a medida foi tornada permanente por um decreto do presidente da República Luís Inácio Lula da Silva.

A história do horário de verão no Brasil começou na década de 30, pelas mãos do então presidente Getúlio Vargas: sua versão de estréia durou quase meio ano, vigorando de 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932. Nos 35 anos seguintes, a medida foi instituída em nove oportunidades: em 1932, de 1949 a 1952, em 1963 e de 1965 a 1967.

Depois de muitos anos esquecido, o horário de verão ressurgiu em 1985 e desde então não deixou mais de ser adotado.

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