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A chegada do crack a Belo Ho­­­rizonte, em 1995, provocou uma explosão de homicídios nos anos seguintes. Essa associação aparece na maior pesquisa já feita no país sobre o droga, coordenada pelo sociólogo Luis Flavio Sapori, professor da Pontifícia Uni­­ver­­sidade Católica de Minas Gerais.

Até 1996, quando o crack era incipiente naquela cidade, as mortes provocadas por conflitos gerados por drogas ilícitas eram 8,3%. Entre 2005 e 2006, esse índice quadru­­plicou – foi de 33,3%, segundo o levantamento. A pesquisa analisou 671 inquéritos de homicídios (de 1993 e 2006), ouviu 19 traficantes, 23 usuários e 84 profissionais que tratam dependentes.

Os homicídios estão em queda, mas os motivados pelo crack não param de crescer. O crack provoca uma letalidade maior do que as outras drogas, segundo o pesquisador, por cau­­sa do tipo de dependência que provoca – muito mais se­­vera do que maconha ou co­­caí­­na. Como a fissura é incontrolável, o vício é seguido de um endividamento crescente.

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