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Menino era mantido acorrentado à cama para que seus pais pudessem trabalhar | Luiz Guilherme Brandani
Menino era mantido acorrentado à cama para que seus pais pudessem trabalhar| Foto: Luiz Guilherme Brandani

A Polícia Militar encontrou nesta quinta-feira (23) um menino de nove anos acorrentado em uma casa na periferia da cidade de Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro do Paraná. A criança estava sozinha na moradia, presa por uma corrente - com cerca de dois metros - ligada ao pé da cama e fechada com um cadeado de cerca de 10 centímetros.

De acordo com a PM, os pais da criança deixaram o menino acorrentando e foram trabalhar. A mãe é comerciária e o padrasto é mecânico. Além de estar acorrentada, a criança não tinha acesso à comida, água ou banheiro. Os policiais chegaram até a casa depois de denúncias anônimas. Eles usaram uma serra para romper a corrente e libertar o menino.

O garoto foi encaminhado ao Conselho Tutelar da cidade, onde foi atendido. Os pais da criança foram identificados e encaminhados à delegacia. Em depoimento à polícia, o padrasto e a mãe do menino disseram que tomaram a decisão de acorrentar a criança porque, apesar da idade, a criança estaria envolvida com o consumo e o tráfico de drogas na região onde vivem.

"Foi uma medida desesperada. Não tínhamos outra saída", disse o padrasto do garoto. Segundo o casal, esta foi a primeira vez que a criança ficou acorrentada. Os outros três filhos do casal estavam fora de casa no momento da chegada da PM.

No entanto, o Conselho Tutelar de Santo Antônio da Platina disse que o menino sofre de problemas psicológicos e já teve dezenas de passagens pelo órgão. O garoto chegou a morar em um abrigo, porque a mãe não tinha condições de cuidá-lo.

O casal foi liberado pela Polícia Civil depois de assinar um termo circunstanciado. Apesar do ato, a criança voltou com os pais para casa.

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