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Moradores da região e amigos de Andersandio Soares Franco, morto na terça-feira (21) nas proximidades de um shopping no bairro Água Verde, fizeram uma manifestação para pedir Justiça | Walter Alves/Gazeta do Povo
Moradores da região e amigos de Andersandio Soares Franco, morto na terça-feira (21) nas proximidades de um shopping no bairro Água Verde, fizeram uma manifestação para pedir Justiça| Foto: Walter Alves/Gazeta do Povo
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Antes de manifestação, policiais do Cope fazem cerco a delegacia

Amigos de Andersandio Soares Franco prometem fazer uma nova manifestação, na tarde desta sexta-feira (24), em frente à Delegacia de Homicídios, no centro da capital.

Por volta de 17h30, um grupo com 15 policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) chegou ao local e montou um cerco em frente à delegacia. Os amigos do jovem assassinado ainda não haviam chegado neste horário.

O homem suspeito de ter assassinado Andersandio Soares Franco, de 22 anos, ao lado do Shopping Água Verde, em Curitiba, se apresentou à polícia nesta sexta-feira (24). Aldeildo Fonguer prestou depoimento e foi liberado. De acordo com o titular da Delegacia de Homicídios, Rubens Recalcatti, a Justiça não decretou a prisão preventiva do suspeito, por isso ele não ficou detido.

Recalcatti não forneceu detalhes sobre o depoimento. A polícia pediu a prisão preventiva de Aldeildo Fonguer na tarde de quinta-feira (23).

Mais cedo, o delegado afirmou que policiais da DH tentavam cumprir o mandado de prisão nesta manhã e que havia a possibilidade de o construtor autônomo se entregar à polícia. De acordo com Recalcatti, o advogado de Fonguer informou que o cliente dele iria se entregar nesta sexta. A Delegacia de Homicídios (DH) de Curitiba identificou o suspeito na quarta-feira (22).

Em coletiva de imprensa na manhã de quinta, Recalcatti disse que os disparos contra Andersandio teriam sido efetuados por Aldeildo Fonguer, construtor autônomo que mora próximo ao shopping. "Os indícios mostram que ele [Aldeildo Fonguer] é o autor", declarou o delegado. Até agora, 12 pessoas foram ouvidas no inquérito que investiga a morte de Andersandio. "Algumas delas são muito importantes para esclarecer realmente a verdade dos fatos", completou Recalcatti.

Franco teria sido morto com dez tiros. A informação não foi confirmada pela DH. De acordo com o delegado, essa questão ainda é avaliada. O suspeito de ter matado o jovem seria morador do prédio residencial que abriga o shopping. Já Franco, segundo informações de uma ex-vizinha do rapaz, morava na Rua Marquês do Paraná, nas proximidades do shopping.

Moradores da região do Água Verde e amigos da vítima fizeram uma manifestação no local da morte do rapaz para pedir Justiça na quinta-feira.

Motivo do crime

O delegado titular da DH, Rubens Recalcatti, confirmou que a motivação do crime tem relação com o incômodo que um grupo de jovens - do qual Andersandio participava - causava aos moradores da região. Segundo ele, um grupo de adolescentes e alguns adultos reuniam-se no calçadão na lateral do shopping e faziam algazarra, enquanto andavam de skate e consumiam bebida alcoólica. "Eles perturbavam os moradores e quem passava por ali", disse Recalcatti. Na semana passada, Aldeildo teria se envolvido em uma briga com o grupo. Na época, um adolescente foi apreendido pela Polícia Militar (PM) após a confusão.

Aldeildo teria ido conversar com Andersandio sobre a confusão da semana anterior na terça, já que o rapaz teria filmado a discussão. O vídeo gravado por Andersandio, que foi divulgado na internet, não foi apresentado à polícia, mas pode ser utilizado no inquérito.

Depois de alguns minutos de conversa, os dois iniciaram uma nova briga, quando Aldeildo teria sacado uma arma e disparado. "O menino que morreu estava com as mãos feridas. Há indícios de que ele tenha batido no Aldeildo", falou o delegado.

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