Genebra - A crise econômica mundial freou o corte de madeira pelo mundo. Com a queda sem precedentes em construções, corte de créditos e redução no consumo de energia, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que a queda mundial no consumo de madeira e papel em 2009 chegou a 11,6%, a maior redução em 40 anos. No Hemisfério Norte, o corte de madeira para uso industrial atingiu o menor nível desde 1964. No Sul, o comércio e produção de madeira tropical também caíram.
Pela primeira vez em 20 anos, o corte de árvores no Hemisfério Norte para atender ao setor industrial ficou abaixo de 1 bilhão de metros cúbicos. No total, 300 milhões de metros cúbicos a menos de madeira foram usados em 2009 em comparação a 2007. Nos países do Leste Europeu, Rússia, Estados Unidos e Canadá, a queda foi de 14%.
Com a crise nos países ricos e o real valorizado, a ONU ainda mostrou que o Brasil perdeu espaço nos mercados estrangeiros para a madeira asiática e a produção nacional passou a atender principalmente o mercado interno, em plena expansão do setor de construção.
A ONU alerta que a madeira usada para a construção e energia não é o principal motivo para o desmatamento das florestas pelo mundo. Queimadas para transformar um terreno em terra arável, mineração e outras atividades são fatores que teriam um impacto ainda maior que a venda de madeiras. Mas, mesmo assim, o que se comprovou foi uma queda acentuada na produção pelo mundo.
O mercado para madeira tropical também enfrentou um período de contração. As exportações desses produtos para o mercado europeu caíram para os índices mais baixos desde a década de 60, com uma redução de 36%. Hoje, 75% da madeira tropical no mundo vem da Indonésia, Brasil, Índia e Malásia.
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