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Extraoficial

O titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), Cassiano Aufiero, disse que os números divulgados pela CNseg são diferentes das estatísticas oficiais. Segundo ele, a média de veículos roubados em Curitiba no ano passado foi de 21 – o que daria pouco mais de 7,6 mil carros subtraídos no ano. Já o número de carros recuperados seria de 5.472 – ou seja um índice de recuperação de 71%, maior que o apresentado pela CNSeg. O último boletim da Sesp-PR, com dados até setembro, porém, aponta para um índice menor e próximo ao da entidade: 49,2%. Os dados completos de 2013 só serão divulgados pela Sesp-PR em fevereiro.

Orientação

Diretor do Grupo BB e Mapfre, Rogério Esteves dá dicas para evitar os ladrões de carro:

• Evite deixar objetos dentro do veículo quando não estiver nele;

• Preocupe-se com o local onde deixará o carro. Dê preferência a estacionamentos pagos e com seguros;

• Fique atento ao carregar e descarregar o veículo;

• Quando for embarcar crianças, o faça sempre após carregar todos os objetos (malas, compras, etc). No desembarque, faça o contrário. Nunca deixe a criança sozinha no veículo;

• Tente variar trajeto e horário dos seus deslocamentos mais frequentes;

• Não fale ao celular de dentro do veículo. Além de potencializar o risco de um acidente, isso o torna um alvo fácil;

• Evite conversar por longos períodos dentro do veículo estacionado. Isso também o torna um alvo mais fácil;

Curitiba foi a sétima capital do país com a maior quantidade de carros furtados ou roubados em 2013, segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNseg). No total, 8.881 veículos foram levados por assaltantes na cidade – 24 por dia. Ao mesmo tempo, nem metade desses veículos foi recuperada, o que coloca a capital paranaense entre as dez com pior índice de recuperação do país – dado importante para medir a eficiência da atividade policial.

INFOGRÁFICO: Confira o número de carros furtados ou roubados no Brasil em 2013

De acordo com a CNseg, as informações foram compiladas a partir de dados fornecidos pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Seps-PR), por sua vez, não quis confirmar os dados da entidade e informou que as estatísticas oficiais da pasta sobre furtos e roubos de veículos referentes a 2013 só serão divulgadas em fevereiro.

Variação

O total de furtos e roubos de veículos registrado em 2013 em Curitiba pela CNSeg representa uma queda de 5% em relação a 2012, quando, segundo a entidade, 9.304 carros foram subtraídos. Nos dois últimos anos, porém, o porcentual de recuperação teria caído de 56,8% para 48,3%.

Prejuízo

D.H.D, de 21 anos, foi uma das vítimas desse crime no ano passado. Em março, ele teve um Ford Eco Sport furtado na frente da escola de idiomas onde estudava, no Hauer. A câmera da escola registrou o caso. "Mas a polícia me disse que as imagens não eram boas o suficiente para identificar o ladrão", conta o jovem, que ainda diz ter recebido telefonemas cobrando um resgate de R$ 5 mil pelo carro. "Agora ainda tenho 15 parcelas de 1,1 mil para quitar", diz o rapaz.

Estado

O índice de recuperação do Paraná, segundo a CNSeg, é melhor que o de Curitiba. O estado teve mais de 22 mil carros subtraídos no ano passado, quantidade que vem crescendo desde 2011. Entretanto, 55,4% deles foram recuperados – o 7.º maior porcentual do país.

Para Cassiano Aufiero, titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DRFV), as estatísticas desses crimes em Curitiba devem ser relativizadas. "Curitiba tem uma das maiores frotas do país e, proporcionalmente, temos números inferiores a outras capitais. Além disso, conseguimos reduzir para uma média de 23 veículos roubados por dia em 2013".

Cruzando os dados da frota circulante do Denatran com o de roubos e furtos da CNseg, a cada 100 mil veículos registrados na cidade Curitiba, 628 carros foram subtraídos em 2013. As cidades de São Paulo e Porto Alegre, por exemplo, tiveram índices acima de mil carros roubados.

Operação do Gaeco mostrou participação de policiais em desmanches

A Operação Vortex, desencadeada em abril do ano passado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organização (Gaeco), braço do Ministério Público do Paraná, apontou a participação de 23 pessoas em uma esquema de falsas fiscalizações em lojas de autopeças e ferros-velhos de Curitiba. Entre os suspeitos, estavam quatro delegados da Polícia Civil, 16 investigadores e agentes de apoio e três empresários. Meses depois, até o ex-delegado geral Vinicius Michelotto chegou a ter o nome envolvido em grampos da operação.

Em 2007, primeiro ano de divulgação das estatísticas criminais pela Sesp, a média de veículos roubados ou furtados era de 16,3 por dia – média que chegou a 25,5 em 2012. Após a operação, essa relação começou a cair até atingir os 24,3 do ano passado.

Foi em agosto de 2013 que a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DRFV) – epicentro da operação – foi assumida por Cassiano Aufiero. De lá para cá, conta o delegado, metade do efetivo da unidade foi trocado. "Desde que assumi, resolvemos 100% dos casos de latrocínios envolvendo veículos. Com exceção de um, que está foragido, todos os demais responsáveis estão presos. Além disso, fechamos 11 desmanches e vistoriamos 217 autopeças".

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