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Um mês depois, licitação não tem data para acabar
Iniciada em dezembro do ano passado, a licitação do novo sistema de radares de Curitiba já foi suspensa duas vezes por irregularidades no processo e, passado mais de um mês da última autorização, continua sem previsão de encerramento.
Segundo o secretário da Setran, Marcelo Araújo, desde que o Tribunal de Contas determinou que a licitação poderia ser reiniciada, no fim de maio deste ano, os novos radares começaram a ser testados e, somente após a análise dos resultados, a licitação será finalizada. A expectativa é de que o consórcio Iessa Indra Velsis, que fez a melhor proposta na licitação (R$ 27,4 milhões), em janeiro deste ano, seja declarado o vencedor. De acordo com o secretário, não há previsão de quando os equipamentos vão ser instalados.
Enquanto a escolha do novo sistema não é definida, a fiscalização de velocidade nas ruas de Curitiba é feita com aparelhos da Consilux empresa que fazia o gerenciamento dos radares até março de 2011, quando denúncias realizadas pelo programa Fantástico levaram a prefeitura a romper o contrato.
"Agora, a Setran faz toda a gerência dos equipamentos. A situação é parecida com o caso de um órgão público que aluga um carro para fazer o transporte: o veículo pertence à empresa contratada, mas quem usa e fica responsável por ele é o contratante", compara. Em matéria publicada em abril, a Gazeta do Povo mostrou que o aluguel dos radares custava aos cofres públicos R$ 737 mil por mês. (RB)
Reiniciada em maio, após ser vetada pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE/PR), a licitação dos novos equipamentos de medida de velocidade em Curitiba ainda não tem data para ser finalizada. Mesmo assim, a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) já adianta: novos pontos de radares devem ser implantados em Curitiba.
Na licitação feita em janeiro de 2010, vencida pela empresa Consilux, foi prevista a instalação de 140 radares e 50 lombadas eletrônicas. No processo iniciado em dezembro do ano passado, a expectativa era de que pelo menos 232 pontos da cidade recebessem aparelhos de fiscalização de velocidade.
Segundo o secretário de Trânsito de Curitiba, Marcelo Araújo, esse aumento se deve às obras feitas nos últimos anos em ruas da capital. "A qualidade do pavimento, a implantação de binários, a mudança de sentido de algumas ruas, priorizando as de sentido único, e a proibição de estacionamento em algumas vias facilitam o fluxo dos veículos e causam um estímulo ao aumento da velocidade."
Para exemplificar, Araújo cita trechos como o cruzamento das alamedas Julia da Costa e Princesa Izabel, no bairro Champagnat, que passou por obras para melhorar o tráfego, aumentando a velocidade dos carros que passam pelo local. Porém, ele explica que a Setran ainda não confirmou quais ruas vão ganhar os novos radares e se antigos pontos de fiscalização serão desativados.
"Tudo está em fase de avaliação. Como tivemos uma interrupção do processo [causada pela suspensão da licitação, em abril deste ano] e só retomamos os estudos agora, a expectativa é de que, finalizada a licitação, já consigamos começar a definir a localização desses radares."
Os equipamentos também serão diferentes dos usados atualmente. Enquanto os radares da Consilux trabalham com laços magnéticos, os novos usam ondas de rádio e laser, sistema usado em trechos de rodovias federais. A principal vantagem do equipamento, segundo Araújo, é a medição da velocidade por ondas magnéticas, que facilitaria o remanejamento do radar para outros pontos da cidade.
Radar necessário
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