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Movimento de automóveis na Rua XV de Novembro esquina com a Dr. Murici, numa tarde de verão de 1947. Os carros ainda respeitavam o espaço dos pedestres | Acervo Cid Destefani
Movimento de automóveis na Rua XV de Novembro esquina com a Dr. Murici, numa tarde de verão de 1947. Os carros ainda respeitavam o espaço dos pedestres| Foto: Acervo Cid Destefani
  • Praça Zacarias em frente do Cine Luz: o público circulava tranqüilo pela rua antes da matinê. Os bondes traziam o pessoal dos bairros. Foto de 1948
  • O automóvel convivia pacificamente com os espectadores do futebol. Foto da inauguração do estádio do Coritiba, em 1932
  • Nas corridas do antigo Hipódromo do Guabirotuba, os automóveis estavam silenciosos perante o tropel dos cavalos. Foto de 1939
  • O modesto caminhão de entregas das encomendas, vindas pela ferrovia, circulava pelas ruas de Curitiba no final da década de 1930
  • Flagrante atual num final de tarde na Rua Ângelo Sampaio, no Batel. O congestionamento de carros é a imagem do trânsito do momento nas ruas de Curitiba

Bem, amigos! Estamos entrando em tempo de campanha eleitoral para a prefeitura e para a Câmara de Vereadores. O tempo começa a ferver, ao que parece vai ser como em outras épocas: vale tudo!

O colega e colunista Celso Nascimento levantou uma lebre interessante quanto aos ajeitamentos das coisas, naquela base do: para os amigos as molezas das benesses; para os demais, os rigores da lei. Que tal? Quando o amigo leitor, e motorista, leva uma multa no trânsito caótico de Curitiba, não consegue se livrar dela nem com reza braba, pode chiar e espernear que nada consegue, tem de pagar e levar pontos no prontuário de motorista.

Entretanto, existem pessoas, os amigos do rei, que conseguem atendimentos especiais. Ninguém consegue se livrar de míseros cinco pontinhos na carteira; entretanto, assim de repente existe alguém que elimina num passe de mágica, num gesto de Mandrake, a insignificante quantia de 180 pontos de sua habilitação para dirigir automóveis pelas ruas da city. Nada menos que o diretor da Setran, responsável pela circulação correta e dentro da lei dos veículos automotores pelas ruas de Curitiba. Afinal, quem pode, pode! E ao contribuinte ninguém acode!

Com as coisas que acontecem ficamos todos de bocas abertas. Será o Benedito? Pois é! Época de eleições parece que tudo é moleza, até para o boca-mole que desfila todo sorrisos sentindo-se o Rei da Cocada Preta. O amigo transeunte por acaso já notou que em certas ruas existem obras para diminuir a largura das calçadas? A ordem é aumentar espaço para os automóveis. Por acaso, alguém já observou que existem obras na construção de certos edifícios que não constam placas de construtoras ou de engenheiros responsáveis? Ampliações de edificações, fora de qualquer norma de posturas e que são executadas sem receberem a visita de qualquer fiscalização dos ditos órgãos competentes? Pois é, isso acontece em Curitiba.

Lembro do meu velho e saudoso amigo Jamil Snege. O turco, publicitário emérito, certa feita, indignado com bandalheiras, saiu-se com esta, durante uma campanha eleitoral: Eleitor! Contra tudo que está errado, saque primeiro, saque seu título de eleitor e vote certo! Exatamente é isso aí! A nossa arma é o título de eleitor, com ele podemos derrubar os corruptos, os ladrões e todo tipo de facilitadores de falcatruas. Vamos sacar primeiro.

Agora vamos para as amenidades da Curitiba do passado, do tempo que já se foi; para tanto, nada melhor que as velhas fotografias onde o trânsito de veículos estava longe de ser a parafernália da atualidade.

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