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O prefeito Gustavo Fruet (PDT) embarca com bicicleta, no lançamento do projeto-piloto | Maurilio Cheli/Prefeitura de Curitiba/Divulgação
O prefeito Gustavo Fruet (PDT) embarca com bicicleta, no lançamento do projeto-piloto| Foto: Maurilio Cheli/Prefeitura de Curitiba/Divulgação

Curitiba começou a testar, nesta sexta-feira (10), o “BRT-Bike”, um projeto-piloto que permite a ciclistas embarcar no transporte coletivo com suas respectivas bicicletas. Os testes se estenderão por pelo menos um mês, restritos à linha Centenário/Campo Comprido, que cobre o eixo leste-oeste da capital paranaense. Se aprovada, a iniciativa será ampliada para outras linhas, conforme demanda apontada a partir de estudos técnicos.

“É um projeto-piloto desenvolvido com uma tecnologia caseira, com o objetivo de integrar os modais de transporte”, definiu o prefeito Gustavo Fruet (PDT).

A linha Centenário/Campo Comprido foi escolhida para a fase de testes por ter uma “demanda manifesta” de ciclistas, que seriam beneficiados por essa integração com o sistema de ônibus. Neste período de experiência, dos 24 biarticulados da linha, apenas um foi equipado com os engates, aos quais as bicicletas viajam presas.

A adaptação do biarticulado do “BRT-Bike” consiste na instalação de travas metálicas no fundo do ônibus (com entrada pela porta “5”), nos quais duas bicicletas podem ser engatadas por cintos de segurança. De fácil operacionalização, o equipamento será manejado pelos próprios ciclistas. O aparelho custou R$ 6,5 mil, pagos pela Urbanização Curitiba S/A (Urbs), neste projeto-piloto. A entidade ainda não definiu quem cobriria os investimentos, caso a iniciativa fosse aprovada e estendida a outras linhas.

O ônibus do “BRT-Bike” está identificado por uma logomarca azul, afixada na porta “5” do veículo. Os ciclistas podem embarcar em qualquer horário, mas apenas nos terminais Campo Comprido, Campina do Siqueira, Capão da Imbuia, Vila Oficinas e Centenário, além de na estação-tubo da Praça Rui Barbosa.

“A bicicleta não é uma única solução de mobilidade, mas uma das soluções. A ideia é integrar. O ciclista pode fazer o trajeto de ônibus até um terminal e, por exemplo, em vez pegar um alimentador, fazer o restante do percurso de bicicleta”, disse o assessor de mobilidade da Secretaria de Trânsito, Jorge Brand, o Goura.

Tempo de operação

O presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Junior, disse que, no período de testes, técnicos da empresa ficarão de olho, principalmente, no “tempo de operação” do “BRT-Bike” – ou seja, quantos minutos os ciclistas vão gastar para embarcar com as bicicletas e engatá-las no equipamento. Além disso, a Urbs vai avaliar eventuais transtornos que o projeto venha a causar a outros usuários, especialmente nos horários de pico.

“Já estamos fazendo estudos na pesquisa ‘origem-destino’, em que estamos observando questões comportamentais no transporte coletivo. Este será mais um aspecto analisado”, disse Silva Junior.

Segundo o presidente da Urbs, o “BRT-Bike” se soma a outras iniciativas que contemplam as bicicletas como modal de transporte. Nos últimos meses, Curitiba investiu na implantação de ciclovias e da Via Calma no Centro – em um perímetro em que os carros são obrigado a trafegar a um limite de 40 quilômetros por hora. Além disso, no ano passado foram implantados paraciclos em todos os terminais de ônibus, em um total de 228 vagas.

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