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No último mês, o sol brilhou por 7,4 horas por dia, na média, em Curitiba. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
No último mês, o sol brilhou por 7,4 horas por dia, na média, em Curitiba.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Os primeiros dias de setembro – com frio, garoa e céu nublado – fizeram os curitibanos sentir saudades de agosto. Pelo menos no quesito clima, há motivo para isso. O mês passado foi o mais ensolarado dos últimos três anos. Foram 229,8 horas de sol, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O recorde anterior também havia sido em agosto, de 2012, com 234 horas de sol.

No último mês, o sol brilhou por 7,4 horas por dia, na média. Para se ter ideia de como o céu ficou limpo acima do normal, a média de horas de sol de janeiro a julho de 2015 foi de 4,8. Nem sempre agosto é um mês ensolarado. Nos registros dos últimos 50 anos, a média para o mês é de 172,8 horas. Ou seja, o sol brilhou por 57 horas a mais, principalmente em fins de semana, que encheram parques e tiraram vestidos e bermudas do armário.

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A meteorologista Ana Beatriz Porto da Silva, do Simepar, explica que desde o fim de julho o Paraná sofreu os efeitos de um bloqueio atmosférico, fenômeno que acabou impedindo o avanço de frentes frias. Uma massa de ar seco ficou estacionada sobre todo o estado. “Assim, não havia condições de formação de nuvens”, diz. Ela comenta que o bloqueio atmosférico não é um fenômeno atípico, mas é incomum atuar por tanto tempo.

O bloqueio também foi responsável pela baixa quantidade de chuva em agosto, que é sempre um mês seco. Curitiba, por exemplo, chegou a ficar 24 dias sem precipitação. A água caiu em apenas cinco dos 31 dias de agosto e em volume abaixo da média: foram 25 mm contra histórico de 73 mm.

Outros recordes foram batidos em agosto. Às 15h30 de domingo (30), os termômetros marcaram 31,6° C na capital paranaense. O máximo – para um mês de agosto – tinha sido 30,6° C em 2011. Também a média das temperaturas máximas foi a maior dos últimos 18 anos. Desde que os registros começaram a ser computados pelo Simepar, em 1997, o patamar mais alto havia sido alcançado em 2012, com 23,4° C de média de máxima (quando são somadas as mais altas temperaturas de cada dia e o valor é dividido pelo número de dias). No mês que passou, esse valor ficou em 24,7° C.

A sequência de dias sem chuva contribuiu para o recorde. Mas não é suficiente para explicar tantas horas de sol. A julgar pelo histórico da cidade, seriam dias nublados, de “cara fechada”. O Ministério do Turismo chegou a mostrar Curitiba como uma das cidades com menos dias de sol no mundo – atrás de Londres, por exemplo. Os dados são de 2013 e não foram atualizados no ano passado.

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