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Umuarama - O incêndio que tirou a vida de Dayana Francisquini e de seus filhos Felipe e Thais não foi a primeira tragédia a abalar a família Francisquini, que tem cerca de 25 integrantes morando em Londres e proximidades. Há quase quatro anos, a família também foi abalada pela morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, confundido com um terrorista e morto a tiros pela polícia londrina. Ele era amigo da família e, às vezes, saía com Dayana e o marido.

Jean Charles trabalhou por quatro anos para o tio de Dayana, José Francisquini, na construção civil. José diz que o rapaz ficou amigo da família logo que chegou à Inglaterra e não dominava o idioma. "Ele passou a trabalhar de ajudante e fazia instalações elétricas. Para economizar, se alojava nas próprias obras", relata. Quem lavava as roupas e fazia a comida para Jean Charles era a esposa de José, Maria. "Como ele e a Dayana gostavam muito de dançar, sempre iam aos clubes com o Rafael para se divertir", conta.

José Francisquini ficou na Inglaterra de 2000 a 2005. "Eu vim embora em março e em julho a polícia o matou. Mesmo não sendo da família, todos nós ficamos muito chocados. Era um rapaz muito bom e cheio de vontade de vencer na vida."

Bom atendimento

José mantém contato diário com o irmão Adão, pai de Dayana. Ele disse que ontem a família já estava mais calma e fez questão de elogiar o atendimento dado pela Scotland Yard, a polícia inglesa, que teria fornecido até roupas para o marido de Dayana, já que ele ficou apenas com a roupa do corpo. "É interessante ver agora a mesma polícia que tirou brutalmente a vida do Jean oferecer total cobertura para a minha família."

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