Cinco defensores públicos da União, lotados em Goiás, enviaram uma recomendação ao Ministério da Saúde, nesta sexta-feira (07), em que solicitaram que algumas informações relacionadas à vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos tenham ampla publicidade em todo o Brasil. No documento, eles pedem que os pais e responsáveis sejam alertados de que “a Vacina COVID-19 COMINARTY/PFIZER ainda se encontra em fase experimental e que seu uso pode ocasionar miocardite e pericardite nas crianças, além de outras reações adversas que ainda não são conhecidas (informações contidas na bula do medicamento, mas que não é apresentada nos postos de vacinação)”, diz a recomendação.
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De acordo com o documento endereçado ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, "o Parecer Público de Avaliação da Vacina COVID-19 COMINARTY/PFIZER da ANVISA que autorizou o registro definitivo da vacina no Brasil, é peremptório em afirmar que, apesar do registro definitivo, a citada vacina ainda está em sua fase experimental (“em desenvolvimento”), encontrando-se atualmente na fase III do ensaio clínico, cujo fim será em dezembro de 2023".
O grupo orientou ainda que esses dados sejam colocados nos postos de saúde, em banners e cartazes, além dos meios digitais, já que nem todos os brasileiros têm amplo acesso à internet. A divulgação também deveria ser feita, de acordo com a recomendação, na televisão, no rádio e nos jornais. Os defensores pedem que a pasta se manifeste em cinco dias - antes do início da vacinação contra Covid das crianças de 5 a 11 anos, prevista para iniciar a partir de 15 de janeiro.
Os defensores destacaram também que a vacinação não é obrigatória e que os pais ou responsáveis devem assinar o termo de consentimento para que as crianças recebam as doses. A recomendação é assinada pelos defensores públicos da União Danilo de Almeida Martins, João Frederico Bertran Wirth Chaibub, Cristina Gonçalves Nascimento, Jovino Bento Júnior e Julio Cesar de Queiroz.
Vacinação das crianças
Na última quarta-feira (5), o Ministério da Saúde anunciou as regras para vacinação de crianças entre 5 e 11 anos contra a Covid-19, quase três semanas após a aprovação da vacina da Pfizer/Biontech para o público infantil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A vacina será aplicada mediante o consentimento dos pais e não é obrigatória, atendendo ao resultado de consulta pública feita sobre o tema, quando a maioria da população se posicionou contra a obrigatoriedade da vacinação.
A pasta recuou da exigência de prescrição médica para aplicação da vacina, como queria o presidente Jair Bolsonaro, mas recomendou que os pais ou responsáveis busquem orientação médica antes de levarem seus filhos para os postos de vacinação. A expectativa do governo é vacinar cerca de 20,5 milhões de brasileiros nessa faixa etária.
No caso das crianças, serão aplicadas duas doses de 0,2 ml, o equivalente a 10 microgramas, um terço da dose administrada para a população com 12 anos ou mais. De acordo com o ministério, a dose infantil também tem menor concentração de mRNA, o componente da vacina que estimula a resposta do sistema imunológico. Outro ponto para ter atenção é quanto aos frascos da vacina da Pfizer para crianças, os quais terão tampa laranja.
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