Uma delação premiada revela novo escândalo de corrupção na Segurança Pública de São Paulo. Desta vez, as acusações envolvem oficiais da Polícia Militar, a maioria do 31º Batalhão, que patrulha parte da região de Guarulhos. Os militares teriam montado um esquema de arrecadação de propina de perueiros clandestinos e da máfia dos caça-níqueis e dos bingos em Arujá, Itaquaquecetuba e Santa Isabel. A Justiça Militar decretou ontem a prisão preventiva de quatro policiais, entre eles o major Altair do Carmo Silva.
Outros cinco PMs foram presos no dia 6. O major, um sargento, um cabo e um soldado foram acusados pelo primeiro-tenente Antônio Domingos de Souza Neto, que aceitou fazer a delação premiada. Ele afirma que Altair, então capitão, e os demais acusados arrecadavam dinheiro de um contraventor chamado Jair. Ele bancaria festas no quartel do 31º Batalhão. O tenente afirmou que os acusados e a tenente-coronel Elizabete Soliman, então comandante da unidade, recebiam propina mensal da máfia do jogo.
Os acusados negam as denúncias. As investigações sobre o suposto esquema de corrupção, que funcionaria desde 2006, foram feitas sob as ordens do coronel Wagner Cesar Gomes de Oliveira Tavares Pinto, comandante do Policiamento de Área Metropolitano-7 (CPA-M7). O coronel designou o major João Carlos Pelissari para presidir o inquérito policial militar. Ele usou o serviço reservado do CPA-M7 para buscar provas contra os acusados. Em seu relatório, Pelissari escreveu que o tenente "trouxe à baila como funcionava tal esquema e quem eram os outros envolvidos".
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