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O silo da Companhia Brasileira de Logística (CBL) desabou ontem quando estava sendo finalizada a transferência das 14,6 mil toneladas de milho para um navio no porto. Faltavam 2,5 mil toneladas de grãos para o esvaziamento completo da construção. Os engenheiros esperavam que a retirada da carga aliviasse a tensão no interior do silo e contribuísse para a estabilização da construção.

Um funcionário da CBL disse que estirantes de aço que estavam presos ao silo começaram a se soltar e em segundos a construção, que estava com uma inclinação vertical acentuada, veio ao chão. Os escombros se espalharam pela Avenida Portuária e pedaços de telhas de zinco foram lançadas até o interior do setor de pesagem do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). O movimento de caminhões no local estava liberado parcialmente. Por sorte, nenhum veículo passava na área durante o desmoronamento.

Até o início da noite de ontem, não havia sido expedido nenhum laudo técnico para apontar a causa do desmoronamento. Segundo a assessoria da CBL, um engenheiro da construtora Vasconcelos e um engenheiro da seguradora da empresa devem vistoriar o local hoje. Ontem, a perícia da Polícia Civil esteve no local, mas informou, segundo o major Barros, que não iria elaborar um laudo, pois não houve vítimas e a área era propriedade particular. A construtora Vasconcelos não retornou aos telefonemas da reportagem.

Na tarde de sábado, o engenheiro João Amilton Mendes, professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), – contratado como perito pela CBL – descartou que tenha ocorrido afundamento do terreno. Segundo ele, as rachaduras teriam sido causadas pela qualidade do concreto utilizado. Membros da Defesa Civil disseram ontem que o concreto dos escombros "estava esfarelando nas mãos". (CO)

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