O show da cantora Madonna, na praia de Copacabana, realizado no último sábado (4) repercutiu "negativamente" nas redes sociais e especialmente na bancada conservadora, por apresentar simulação de sexo e “ritual satanista”, conforme vídeos divulgados na internet. Alguns deputados federais também criticaram o investimento milionário feito pelo governo do Rio de Janeiro e pela prefeitura para a realização do evento.
Segundo informações da imprensa, o cachê da cantora, de 65 anos, foi de R$ 17 milhões. O estado do Rio e a prefeitura da capital arcaram com R$ 10 milhões, cada, para a realização do show, e quase R$ 60 milhões foram gastos com a equipe de montagem do palco e colaboradores.
"Esse tipo de investimento é um desrespeito aos cidadãos que pagam seus impostos esperando que o dinheiro seja utilizado de forma responsável e consciente", disse Rodrigo Valadares (União-SE).
Na avaliação do deputado Coronel Telhada (PP-SP), o uso de recursos públicos para financiar um evento que "desrespeita os valores morais da sociedade" é "inadmissível". Ele mencionou que o show promoveu a erotização e vai contra os princípios éticos e culturais da nossa sociedade.
"Esse tipo de investimento não apenas desperdiça recursos públicos, mas também contribui para a banalização de valores importantes. Esse dinheiro poderia ser direcionado para auxiliar nas tragédias que ocorrem, como a que estamos presenciando no Rio Grande do Sul", destacou Telhada.
Para Sargento Gonçalves (PL-RN) também expressou sua insatisfação com a realização do evento, "a iniciativa mostra uma falta de sensibilidade por parte das autoridades em relação aos valores da população".
Sargento Portugal (Podemos-RJ) cobrou mais fiscalização e transparência na utilização dos recursos públicos. Enquanto a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP), ressaltou que a “crise brasileira é, acima de tudo, moral” ao promover "um show de pornografia e bizarrice" com dinheiro público.
"Ao final, Madonna desrespeita nossa Nação e a Bandeira Brasileira jogando-a no chão. Não é um pedaço de pano, é a nossa Bandeira, é a nossa identidade e o nosso pertecimento sendo jogado no chão por aquela que usurpou o nosso dinheiro. A crise brasileira, é acima de tudo, moral", disse a deputada.
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