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Pelo menos 672 famílias das quase mil cadastradas pela prefeitura de Angra dos Reis, no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, que perderam seus imóveis nos deslizamentos ocorridos entre os dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, devem estar de casa nova até o mês de maio.

O anúncio foi feito pelo secretário municipal de Meio Ambiente, Marco Aurélio Vargas, após uma reunião com diretores da Empresa de Obras Públicas do estado (Emop) e da construtora Odebrecht, que ficarão responsáveis pelas obras.

O secretário contou que as unidades terão 45 metros quadrados e serão divididas em 16 blocos a serem construídos em três áreas no entorno do centro de Angra. E justificou que a rapidez das obras devem-se ao tipo de material a ser usado. "São blocos de cimento com alumínio, que, além da segurança, vão deixar o ambiente bem fresco."

Os apartamentos serão construídos com o dinheiro liberado pelo Ministério da Integração Nacional. Ao todo são R$ 80 milhões, dos quais R$ 50 milhões são destinados à construção de habitações para os desabrigados e R$ 30 milhões serão gastos em obras para a contenção de encostas.

"As obras de contenção já começaram no Morro da Carioca, onde várias casas foram engolidas pelos deslizamentos, algumas tiveram que ser demolidas porque havia risco de desabamento e outras tantas estão interditadas devido ao risco", explicou.

O secretário lembrou que técnicos da Coordenação de Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe), do Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro (GeoRio) e da Secretaria do Meio Ambiente de Angra estão fazendo um levantamento minucioso da cidade para detectar todas as áreas de risco. O mapeamento, segundo ele, estará pronto em seis meses, quando então a prefeitura deverá iniciar estudos para elaborar um novo Plano Diretor para Angra dos Reis.

Ainda de acordo com Vargas, a encosta destruída pela forte chuva na enseada do Bananal, em Ilha Grande, será reurbanizada e depois do trabalho concluído não haverá marcas da tragédia que matou 32 pessoas entre moradores e turistas da Pousada Sankay.

"Do continente é possível ver a cratera deixada na mata pela força da água, mas não queremos que este fato fique marcado para sempre na lembrança dos moradores e de quem vier visitar a cidade", disse.

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