• Carregando...

Sônia de Fátima Rocha tem 39 anos e mora em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Aos 30 anos, iniciou uma rotina que mantém até hoje. Ela viaja constantemente para Curitiba para fazer tratamento de lúpus no sangue e labirinto. O lúpus é uma doença crônica que ataca o sistema imunológico, além de afetar o funcionamento de outros órgãos, como o rim. Para evitar seções de hemodiálise, ela é submetida à pulsoterapia, que dura duas horas e é semelhante à quimioterapia. O tratamento provoca vômitos e dores no corpo que, aliados ao cansaço da viagem à capital, deixam Sônia debilitada.

A paciente conta que nesses quase 10 anos já passou muitas dificuldades. Para usar o transporte da prefeitura até Curitiba, ela precisava pegar o último coletivo do dia anterior para esperar o horário da partida. Não raro, cochilava nas cadeiras o Pronto Socorro. Agora, ela depende da carona do cunhado que a leva até o Clube Guaíra, onde há colchonete e lanche disponíveis.

Sônia sempre viaja com um parente. O tratamento termina ainda no período da manhã, mas ela tem de passar o dia em Curitiba enquanto espera o tratamento dos demais pacientes. As viagens devem continuar intensas até abril do ano que vem, quando termina a pulsoterapia. Mesmo assim, terá que fazer o acompanhamento na capital. Ela acredita que a situação tende a melhorar. A esperança é de que a construção do Hospital Regional, em Ponta Grossa, mude a situação. Com o hospital virão especialistas e tratamentos mais complexos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]