Em evento sobre a América Latina da fundação do ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (9) que o Brasil não tem papel de liderança no continente, em meio a um cenário onde "não há espaço para relações hegemônicas".
A presidente também destacou que o processo de integração pressupõe respeito à soberania dos países. "Um verdadeiro processo de integração regional além de enfatizar a solidariedade, supõe respeito a soberania nacional dos Estados que delem participam."
Durante seu discurso, a presidente disse que a "verdadeira integração dispensa liderança, pois exige solidariedade". "Esse é o caminho que temos seguido nesse início de século na nossa região", acrescentou Dilma, na abertura da Clinton Global Initiative América Latina (CGI América Latina), congresso que reúne líderes dos setores empresariais, governamentais, filantrópicos e sem fins lucrativos, até amanhã, no Rio.
Apesar da queda 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) na passagem do segundo para o terceiro trimestre do ano, divulgada na semana passada, Dilma voltou a exaltar os feitos de seu governo na economia e disse que, diferentemente do passado, a recente expansão econômica do país não se fez as custas da desigualdade social, do desequilíbrio macroeconômico ou da vulnerabilidade externa.
"Fizemos da inclusão social um fator de grande dinamização de nossa economia. Criamos nesses anos um expressivo mercado de consumo de massas", afirmou. Para Dilma, governos conservadores na América do Sul, em especial na década de 1990, "frearam nosso crescimento, aumentaram a desigualdade social e provocaram desequilíbrio macroeconômicos."
Segundo a presidente, o continente entrou há pouco mais de uma década em "um novo momento de nossas histórias, um período de inclusão social, crescimento econômico com equilíbrio macroeconômico".
Ela elogiou o resultado do leilão do campo de Libra e prometeu novas rodadas de licitação do pré-sal. "Este é apenas o primeiro bloco do pré-sal a ser leiloado. Outros virão", completou Dilma.
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