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Implantado há sete anos, o Disque-Idoso, mantido pelo Conselho Estadual dos Direitos do Idoso (Cedi-PR), será usado como modelo para a criação do serviço em rede nacional. Técnicos da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH) estiveram ontem em Curitiba para conhecer a estrutura e o funcionamento do serviço paranaense.

A expectativa da SEDH é instalar o disque-idoso nacional no início de outubro, e cumprir a Lei Federal 11.551, de 2007, que institui o serviço. Para isso, serão investidos R$ 2 milhões ao ano. Cinco pontos de atendimento vão receber denúncias de todo o país, de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas. "A ideia é associar a experiência do módulo de disque-denúncia que a SEDH tem para atendimento de crianças e adolescentes com a experiência do Paraná", explica o consultor Daniel Hissa, do Programa Nacional de Prevenção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Secretaria.

O modelo paranaense chamou a atenção do programa nacional por manter características diferentes de outros serviços implantados no país. "No Paraná, o Disque-Idoso é um serviço de informação e denúncias, que trabalha em parceria com órgãos públicos para apoio e encaminhamento dos atendimentos, como secretarias municipais de ação social, saúde e o Ministério Público. Além disso, o pessoal é preparado para acolher a reclamação, extrapolando o contato telefônico", explica a gerontóloga Schirley Scremin, ex-presidente do Cedi-PR.

Além de ampliar o acesso à informação e garantir direitos do cidadão que procura ajuda, o Disque-Idoso contribui para a elaboração de políticas públicas. Em sete anos de funcionamento, o serviço registrou 18.162 atendimentos, sendo 4.513 relacionados a algum tipo de violência. "O disque também é o canal para comunicação de situações irregulares de instituições de longa permanência, por exemplo", explica o vice-presidente do Cedi-Pr, Rubens Bendlin. O serviço nacional vai organizar esses dados. "Vamos identificar onde estão os gargalos, os entraves e as carências para adequar o atendimento à pessoa idosa, tanto na elaboração de políticas públicas como no fortalecimento da rede nacional de proteção ao idoso", aponta Anna Cristina Bitencourt Perez, assessora da SEDH.

O disque nacional vai ajudar a identificar o cenário da condição do idoso vulnerável brasileiro e alimentar as estatísticas, como os dados de violência. Ao mesmo tempo, pretende fortalecer e fomentar a rede de atendimento, pois vai atuar diretamente nos municípios ao dar encaminhamento às denúncias recebidas.

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