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O empresário Wagy Wassouf morreu, aos 72 anos de idade, na manhã deste sábado (5), em Curitiba. O fundador da rede de lojas Aliança Móveis, cuja sede fica no bairro Novo Mundo, estava internado no Hospital Vita depois de sofrer um infarto, mas acabou falecendo em decorrência de uma parada respiratória.

O corpo foi velado na Igreja Ortodoxa São Jorge, no bairro Mercês e o sepultamento ocorreu às 17 horas deste sábado, no cemitério Jardim da Saudade I, no Centro.

Além de ser dono da rede, Wagy se tornou conhecido pelos anúncios das lojas em rádio e tevê, em que ele próprio aparecia. "Garanto e provo: ninguém vende mais barato", dizia o bordão do empresário. Além disso, ele se notabilizou por convidar clientes para conhecer a matriz e tomar um café.

Nascido na Síria, veio para o Brasil aos 4 anos de idade com o irmão, duas irmãs e o pai, que buscava melhores condições de trabalho. Adorava morar em Curitiba, mas não negava uma viagem ao país onde nascera. Sem se afastar da cultura de berço, fazia questão de manter as tradições sírias, em costumes, comidas, roupas.

Foi dentro da comunidade síria curitibana que conheceu sua esposa, Alis, com quem teve quatro filhos. Aos herdeiros, que tinham entre 24 e 29 anos, procurava transmitir os valores e laços com o país de origem, além das tradições para os negócios. Atualmente, era ajudado por eles na condução da Aliança Móveis.

O empresário começou sua carreira profissional trabalhando como funcionário em uma loja de confecção. Há cerca de 20 anos montou seu próprio negócio, um comércio de roupas na Avenida República Argentina, região em que sempre morou e trabalhou. Em seguida, partiu para o ramo de móveis, pelo qual era mais conhecido.

Segundo informações de familiares, Wassouf era o tipo de comerciante corajoso e bem-sucedido. O segredo, talvez, estivesse em suas características de pessoa honesta, dinâmica e bastante trabalhadora, além do espírito de liderança, uma de suas maiores marcas.

Pessoa de bastante fé, o empresário católico cristão ortodoxo era atuante na comunidade da Igreja Ortodoxa Antioquina de São Jorge, nas Mercês. Além de participar das missas todos os domingos, envolvia-se ativamente na manutenção dos costumes religiosos sírios, que procurava seguir à risca.

Reservado, fez questão de se aproximar ainda mais dos filhos quando Alis não resistiu a um infarto fulminante, há dois anos. Com uma saúde de ferro, foi surpreendido pelo infarto que o levou a ficar internado por 43 dias, até a parada respiratória da manhã deste sábado.

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