É difícil encontrar um vestido de rainha em algum museu do mundo. Sobraram poucas peças após as revoluções, porque o povo invadiu os palácios, saqueou os vestidos e, os que não puderam ser levados, foram rasgados e queimados. Também é verdade que as rainhas reaproveitavam grande parte dos acessórios dos antigos vestidos para fazer uma nova peça, afinal muitos adornos eram de ouro, por isso o tecido restante ia para o lixo.
Para saber ao certo como elas se vestiam, pesquisadores tomam como referência as biografias feitas por estudiosos de época, ou ainda, os retratos das rainhas que eram pintados em telas a óleo. A artista plástica belga Isabelle de Borchgrave aproveitou essa lacuna para "recriar" os vestidos das rainhas: a diferença é que eles são feitos de papel. O trabalho de Isabelle deu origem à exposição Papiers À La Mode, que está na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em São Paulo, até amanhã. São cerca de 80 peças, em tamanho original, que contam a história da moda das rainhas em quatro séculos: o mais antigo é um vestido de Elizabeth 1, que remonta ao século 16. (PM)
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Serviço
A exposição Papiers À La Mode está na Faap, em São Paulo, até amanhã. Entrada gratuita.