Em menos de 12 horas, três assassinatos em Piraquara

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Das 17h30 de quinta-feira (11) até as 5h30 desta sexta-feira (12), foram registrados três homicídios em Piraquara, região metropolitana de Curitiba. Todos os crimes aconteceram na mesma região. A Polícia Civil investiga a possibilidade dos crimes estarem conectados.

O primeiro caso foi o assassinato de um ex-detendo da Colônia Penal Agrícola, no final da tarde de quinta-feira na Rua São José, bairro Guarituba. Segundo o delegado Osmar Neves Feijó, a passagem de Charles Munhoz Mendonça, 20 anos, pela delegacia da cadeia antes de ser transferido, demonstrou que ele tinha uma personalidade difícil de lidar. "Ele foi um dos principais motivadores de uma rebelião que houve aqui [na delegacia] no ano passado", contou o delegado.

Após receber uma ligação, Mendonça saiu de casa, segundo relato de familiares dados à polícia. Informações de testemunhas contam que ele teria se deparado com dois homens armados e tentado fugir. Chegou a se esconder debaixo de um caminhão, mas foi encontrado e executado com tiros de pistola calibre 380 - dois na testa e dois no tórax.

Madrugada

O bairro Jardim Holandês, que fica ao lado do Guarituba, foi o local de dois homicídios nesta madrugada. Em um deles, Mikael Luis Gonçalves, 30 anos, que não tinha passagem pela polícia, foi morto a tiros na Rua Durvalina de Paula Martim. O delegado Feijó disse que a mãe da vítima relatou à polícia que Mikael tinha problemas com alcoolismo e já recebera tratamento para largar a dependência.

Praticamente na mesma hora, Marcelo Aparecido Balduíno, 23 anos, também sem passagem pela polícia, foi assassinado na Rua Juri Danilenko. As informações preliminares da delegacia de Piraquara contam que Balduíno saiu de casa para dar uma volta na noite anterior. Só foi encontrado nesta madrugada, em frente a casa de um vizinho, morto com vários tiros. Testemunhas afirmaram ter visto uma moto em alta velocidade logo depois do crime.

"Não descartamos a hipótese dos crimes estarem conectados", relatou o delegado Feijó, que comanda as investigações dos três casos. Até o momento, ninguém foi preso.