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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Os professores da escolas estaduais do Paraná farão um protesto nesta quinta-feira (22), com aulas de 30 minutos e debates nas escolas e praças para discutir a situação do país. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou que a recomendação é para que seja mantido o tempo normal de aula.

Segundo a pasta, os estudantes não podem ser prejudicados, “pois a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) prevê o cumprimento de 800 horas/aula no ano letivo”. Para evitar problemas, a Seed recomenda que os pais ou responsáveis pelos estudantes entrem em contato com as escolas para se programar em relação ao horário de saída dos alunos.

As escolas, conforme a APP, poderão optar por usar o tempo a menos de aula para criar um debate com os alunos ou fazer isso sem a presença deles, somente com professores. Neste caso, a opção seria a liberação mais cedo das turmas. A orientação é para que o cronograma tenha cinco aulas seguidas de 30 minutos.

Segundo a Secretaria de Comunicação Social da APP-Sindicato, ainda não há um balanço da adesão. Ao todo, 2.103 colégios foram comunicados pela entidade sindical sobre o ato desta quinta. Na visão da APP, como não implica em falta às aulas, a previsão é de que haja grande adesão. Cerca de um milhão de alunos da rede estadual de ensino foram chamados a participar dos debates.

O protesto dos professores foi aprovado em Assembleia Geral da APP-Sindicato no último sábado (17). A categoria cobra o governo do Paraná em relação ao pagamento de promoções e progressões para os servidores e a contratação de 300 profissionais aprovados em concurso público em 2013. Em nível federal, a cobrança é contra a PEC 241, que limita os gastos com o serviço público, e contra o Projeto de Lei que prevê essa condição como pilar para o estado assinar a renegociação de sua dívida junto à União.

“Os temas englobam a questão dos trabalhadores de maneira geral e também a questão dos trabalhadores em educação. Nós queremos debater junto da sociedade o impacto das mudanças que estabelecem o teto de gasto público e também as mudanças na Previdência e a reformulação trabalhista. Os professores foram orientados para levar esse debate para as ruas, para as praças. Será uma extensão das aulas”, explica Walkiria Olegario Mazeto, secretária educacional da direção da APP-Sindicato.

Sobre as reivindicações da APP, o governo do Paraná afirma que tem mantido o diálogo aberto com a categoria, com a realização de reuniões periódicas na Seed e na Casa Civil. Um novo encontro com os representantes da categoria deve acontecer no início de outubro, com a presença do secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa.

“Todas as demandas dos professores e funcionários da educação estão sendo analisadas. Neste momento, a principal reivindicação é pelo pagamento das promoções e progressões, o que ainda não foi feito devido a restrições orçamentárias. A secretária de Estado da Educação, Ana Seres, destaca que o governo do estado tem feito todos os esforços para efetuar o pagamento o mais breve possível”, afirma a nota da Seed.

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