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 | Roberto Custódio/Jornal de Londrina
| Foto: Roberto Custódio/Jornal de Londrina

Jornalistas realizam, na manhã desta sexta-feira (15), no Calçadão de Londrina, no Norte do Paraná, uma manifestação contra a perseguição sofrida por alguns profissionais da área no Paraná. Em abril, jornalistas do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom) – do qual fazem parte o Jornal de Londrina, a Gazeta do Povo e a RPC –, que cobriam operações investigadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), como a de favorecimento à prostituição de crianças e adolescentes e as operações Publicano e Valdemort, receberam ameaças de morte.

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A manifestação em Londrina é organizada pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Paraná (Sindijor-PR) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná. O Ato Público também marca o lançamento da campanha estadual contra as intimidações: “Basta de perseguição a jornalistas”, e celebra o dia da Liberdade de Imprensa, comemorado em 3 de maio.

Como lembrou os organizadores do evento, a liberdade de imprensa é um direito dos jornalistas de fazer circular livremente as informações, um pressuposto para garantir a democracia. O contrário dela é a censura que limita o poder de ação da imprensa, uma grave ameaça ao exercício profissional dos que cumprem seu papel de investigar e divulgar crimes que acontecem em nosso Estado.

Ameaças

Em abril, uma ligação feita à direção da RPC TV denunciava um suposto esquema para matar o produtor James Alberti, da RPC. A informação é de que havia um plano esquema para assassiná-lo durante um assalto forjado a uma churrascaria de Londrina. Por conta da ameaça, a RPC providenciou a retirada do jornalista da cidade.

De acordo com o promotor Claudio Esteves, coordenador do Gaeco em Londrina, a investigação deste caso é considerada prioridade pelo órgão. “Já começamos a ouvir pessoas sobre este caso e as imagens do hotel onde estava hospedado o jornalista estão sendo analisados por uma equipe especializada”, disse Esteves, no início de maio.

Uma comissão formada por representantes do Sindicato dos Jornalistas do Paraná (Sindijor-PR), Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná e do Comitê Paranaense de Proteção ao Jornalista também acompanha o andamento das investigações.

As ameaças a James Alberti, somadas a outro episódio ocorrido com jornalistas da Gazeta do Povo, mostram que o Paraná oferece riscos reais e concretos ao trabalho da imprensa.

Neste ano, jornalistas da Gazeta do Povo que produziram da série de reportagens “Polícia Fora da Lei” foram chamados sistematicamente a depor na Polícia Civil e na Polícia Militar, numa tentativa de forçá-los a quebrar o sigilo de fonte – o que é garantido pela Constituição.

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