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TOLEDO - Entre as vítimas da chacina de Guaíra estavam quatro adolescentes. Dois deles tinham 16 anos: Mizael Soares, filho do dono do sítio – o Polaco – e Leonardo de Mattos Prata. Outros dois, André Geraldo Martins e Alex Gonçalves de Brito, tinham 17 anos. Também foi morta Karen Soares, filha de Polaco, que tinha apenas 18 anos. Outro adolescente, Rogério Tavares de Oliveira, de 17 anos, está no hospital.

Os nomes das 15 vítimas foram confirmados ontem à tarde pelos funcionários do Instituto Médico Legal (IML) de Toledo e Umuarama.

Feridos

Três pessoas feridas na chacina em Guaíra continuam internadas em hospitais do Oeste do estado. Em Umuarama, Fernando Cosme do Espírito Santo, de 20 anos, está em estado grave, na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Cemil.

No Hospital Universitário, em Cascavel, Lourival de Souza Sampaio, de 38 anos, continua na sala de emergência, em observação. Ele levou um tiro no pescoço e outro no rosto. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, o estado dele é gravíssimo. A situação é ainda mais crítica porque a Unidade de Terapia Intensiva do HU está lotada.

Rogério Tavares de Oliveira, de 17 anos, está internado no Hospital Bom Jesus, em Toledo. Ele levou dois tiros, sendo um no peito – a bala ficou alojada no pescoço – e outro no pé. De acordo com o médico Fabrício Pavia Aguiar, o estado de saúde do jovem melhorou de terça para ontem, mas ele continua em observação.

Outro ferido, Robson Rodrigues de Oliveira, que estava no hospital São Paulo, em Guaíra, recebeu alta ontem, por volta das 16 horas.

Enterro

Enquanto o trabalho da polícia prossegue, Guaíra enterra seus mortos. Pelo menos 10 das vítimas foram veladas e enterradas ontem. O número elevado de corpos obrigou os carros funerários locais e fazerem várias viagens até o cemitério da cidade. O agricultor Romário Ramos de Oliveira, de 23 anos, irmão de Renato, morto no massacre, afirmou que entre as vítimas havia quem não tivesse nenhuma relação com a disputa entre os traficantes. "Meu irmão já havia cumprido pena, mas agora estava trabalhando colhendo mandioca", garante. "Era trabalhador. Morreu sem dever nada."

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