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Rosa Gomes abandonou os palcos para ensinar balé a meninas do Tatuquara | André Rodrigues/ Gazeta do Povo
Rosa Gomes abandonou os palcos para ensinar balé a meninas do Tatuquara| Foto: André Rodrigues/ Gazeta do Povo

Desafios

Você também pode ajudar com a educação em Curitiba. Confira algumas sugestões:

1. Participar como voluntário de projetos voltados à educação de crianças carentes.

2. Ser um bom exemplo para as crianças, estimulando-as a serem gentis e respeitarem o trânsito e o meio ambiente.

3. Envolver-se em ações dentro da escola de seu filho.

4. Dar chance a jovens que buscam o primeiro emprego.

5. Estimular a formação cultural de meninos e meninas carentes.

A palavra "conformismo" está longe de ser adotada por pais e professores de alunos do Colégio Estadual Yvone Pimentel, no Bairro Novo. Enfrentando goteiras e uma estrutura danificada há anos, a comunidade escolar cansou de esperar uma posição do poder público e partiu para a ação. Desde 2009, é insistentemente cobrada a reforma da instituição.

Para evitar que a escola fosse fechada e os alunos transferidos para outro lugar, os professores sugeriram – e o governo acatou – a adaptação de salas de aula na quadra de esportes, onde os cerca de mil alunos passaram a estudar desde o ano passado. Até que a reforma saia, é lá que os estudantes aprendem Mate­­mática, Portu­­guês e outras disciplinas.

Para que as obras comecem, ainda é necessária a assinatura do contrato entre o governo e a empresa vencedora da licitação. Contudo, o processo foi contestado por uma das empresas concorrentes e não há previsão para ser concluído.

Mesmo diante das dificuldades, a escola está entre as dez melhores instituições públicas de Curitiba no Enem. "Manter a qualidade de ensino nos últimos anos dependeu do esforço dos professores em motivar os alunos. Muitas atividades tiveram de ser limitadas", conta a diretora Adriana Kampa.

A falta de estrutura também não assusta a bailarina Rosa Gomes, que decidiu deixar os palcos para dar aulas a crianças carentes. Há dez anos, ela ensina meninas de duas escolas municipais do Tatuquara. Em salas de aula sem equipamentos necessários para o balé, Rosa se desdobra para manter as alunas interessadas e evitar desistências. "É difícil ver que uma menina que tem condições de ser uma ótima bailarina e vê-la desistir por falta de dinheiro", conta.

Para a professora, a maior gratificação é ver as crianças aprenderem a postura e os bons modos da dança. Entre as conquistas do grupo está a participação no 18.º Festival de Dança do Mercosul, na Argentina, no ano passado. Lá, das 14 coreografias apresentadas, dez foram premiadas.

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